+ 18 || Parte II de Retrouvailles.
Você já percebeu que amava uma pessoa somente no momento pouco antes ou depois da sua separação mais ou menos inevitável? Em hindi há apenas uma palavra para descrever a consciência do amor que vem em um momento d...
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— Que merda vocês estavam fazendo no galho? — Alisha sai da barraca segurando uma toalha.
— Subimos pra tirar uma foto, ai do nada ele virou pra trás. — Respondo nervosa. — O que você vai fazer?
— Sei lá... — Agacha na frente do Nick. — Tentar fazer isso parar de sangrar. Você deveria sentar um pouco, está muito agitada.
— Não, vou ficar aqui com ele. — Digo rapidamente. — Ele ainda está tonto com a queda. Devemos leva-lo no hospital?
— EU ESTOU BEM AQUI! — Nick berra. — E bem! Gente, relaxa, foi uma quedinha de nada comparado com os jogos no rinque.
— Cala a boca! — Eu e Alisha falamos juntas. — Podíamos fazer aquele teste dele seguir nossos dedos. — Sugiro.
— Pode ser. — Minha amiga concorda. — Cade a Blue e o Marcos? É Marcos?
— Sim. — Pego um galho no chão. — Eles estão se pegando dentro da barraca. — Me aproximo do Nick. — Segue o galho.
— Emery, eu estou bem. — Ele me encara bufando. — Sério. Eu nem cheguei a desmaiar, só fiquei tonto porque estou sem comida. Nada demais.
— Só segue a porra do galho. — Ordeno brava. Ele revira os olhos antes de prestar atenção nos meus movimentos. Seus olhos azuis acompanham o pauzinho certinho sem nem piscar. — Está com dor?
— Só na bunda. — Responde. — E meu braço está ardendo, acho que arranhou.
— Deixa eu ver. — Largo o galho no chão para olhar seu braço. Está vermelho, mas nada de sangue. Acho que se lavar e passar um álcool ajuda.
— Tem certeza que não quer ir pro hospital? — Pergunto pra décima vez.
— Absoluta. — Repete o de sempre. — Se eu sentir qualquer coisa estranha, eu aviso. Prometo.
— Ok. — Suspiro aliviada, puxando seu corpo para um abraço. — Desculpa pela ideia idiota de subir no galho.
Não sei que merda eu tinha na cabeça para sugerir subirmos na árvore. Eu vi a vista para o lago, ai o galho pareceu uma boa ideia para tiramos uma foto que pegasse toda a paisagem. Uma bosta! Não sei nem como eu desci para ver o Nick, acho que a adrenalina ajudou um pouco. Ele estava resmungando de dor no meio do mato, tonto e xingando até os quinto do inferno. Ele não é a pessoa mais aventureira que eu conheço, provavelmente estava querendo passar o final de semana dentro de casa do que em um acampamento. Levamos quase meia hora pra chegar aqui e ainda ficamos sem fotos e o celular do Nick trincou a tela todinha.