Viraha [COMPLETA]

But It's Nice To Make Some Love

NICK

Faz três dias que o Floc morreu.
Emery tem ficado em casa com seus pais, principalmente com sua mãe que também era bem apegada no cachorrinho. Nesses três dias, eu estou vindo pra sua casa passar as noites com ela. Dói vê-la tão tristinha e pra baixo, faço meu máximo para tentar anima-la com algum dos seus doces favoritos, filmes de comédia e piadinhas sem graças. No geral, funciona, mas ontem ela acabou dormindo depois de chorar. Hoje comprei seu milkshake favorito antes de vir pra cá e torço pra ela esteja melhor.

— Nick, você já chegou. — Escuto a Tessa comentar assim que eu entro.

— O treinador liberou mais cedo hoje. — Sorrio.

— Que bom! — Ela vem pra perto de mim, segurando a Eliza. — Pode olhar ela pra mim? Preciso buscar o Hardin no trabalho e a Emery não sai daquele quarto.

— Claro. — Abro um sorrisão, estendendo meu braço pra Eliza, ela vem toda animada pro meu colo. É a bebê mais linda que eu já na vida, gorducha com um bochechão e os olhos acizentados com um pouco de verde e azul. Uma mistura perfeita do Hardin e da Tessa.

— Obrigada! — Tessa agradece. — Ela adora você. — Ri antes de se afastar de mim.

— Vamos lá perturbar sua irmã? — Converso com a Eliza enquanto subo as escadas da casa, ela aperta minha bochecha com suas mãozinhas pequenas e murmura algumas coisas que não faço ideia do que seja. Bato na porta da Emery antes de entrar.

— Oie! — Digo assim que vejo ela deitada na cama lendo um livro.

— Oi! — Ela abre um sorriso ao me ver. — Ela já pediu seu colo?

— Claro, ela me ama. — Rio andando até a cama. — Sua mãe foi buscar seu pai e pediu pra eu ficar com ela.

— Ah, sim. — Emery deixa o livro de lado. — Ela está toda manhosa hoje.

— Estou vendo. — Acaricio as costas da Eliza que até agora não desgrudou da minha bochecha. Amo tanto cheirinho de neném.

— Eu amo te ver com ela. — Comenta.

— Por que? — Pergunto curioso.

— Porque é engraçado que eu nem queria ter filhos alguns meses atrás e agora meu útero coça vendo isso. — Ela dá risada e eu acompanho.

— Isso é porque eu e Eliza nos damos muito bem. — Dou uma apertadinha na bochecha da neném, que solta uma risada gostosa.

— Você vai ser um pai tão incrível. — Escuto ela dizer. Abro um sorriso bobo com isso e permito deixar meu coração ficar quentinho com suas palavras.

— Você está bem?

— Sim... melhor do que ontem. — Responde.

— Trouxe milkshake pra você. — Conto. — Ficou lá embaixo.