First Man

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EMERY

De todas as reações que eu imaginei que meu pai teria, ele sair da mesa sem falar nada estava fora das hipóteses

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De todas as reações que eu imaginei que meu pai teria, ele sair da mesa sem falar nada estava fora das hipóteses. Eu esperava que ele surtasse, dizendo que eu era nova ou brigasse com o Nick. Não sei, qualquer coisa que era a cara dele. Sair sem falar nada nunca foi cogitado pela minha cabeça.
Eu estou vindo aqui conversar com ele, mas com medo do que vou ouvir.
Poxa, eu sei que é difícil, mas eu preciso do apoio dele. É importante pra mim.

— Podemos conversar? — Pergunto quando o encontro sentado no sofá, perto a piscina que dá de frente para a porta de vidro da cozinha.

— Desculpa por sair assim do nada. — Percebo ele limpando o rosto. Ele estava chorando?

— Está tudo bem?

— Claro. — Mente. — Senta aqui. — Caminho até o sofá, me sentando ao seu lado.

— Você não gostou? — Pergunto receosa.

— Não foi isso. — Responde imediatamente. — Claro que sim. Estou feliz por você.

— Então, por que saiu da mesa de jantar? — Cruzo meus braços.

— Não sei. — Suspira. — Foi muito do nada. Não estava esperando por isso.

— Nem eu. — Dou uma risadinha.

— Quando você descobriu? — Pergunta.

— Tem quase dois meses. — Respondo.

— Por que só contou agora?

— Porque era muito novo pra mim também. — Explico. — Estava me acostumando com a ideia.

— Você não me contar as coisas também é algo novo pra mim. — Murmura.

— Eu não fiz por mal. — Me defendo. — É difícil você falar sobre uma coisa que ainda é totalmente incerto. Não queria que vocês sentissem que eu não estava preparada ou feliz com isso.

— Esse é problema. — Ele engole seco, me fazendo suspirar.

— Não vejo problema nenhum aqui.

— Lembra quando você tinha 13 anos? — Pergunta, ignorando meu comentário.

— Lembro de muitas coisas dessa idade. — Digo olhando o Nick organizar os pratos dentro do lava louça. Aprendeu certinho. — Você precisa ser mais específico.

— Teve uma vez que você chegou da escola chateada. — Começa a falar. — Seus avós estavam nos visitando nesse dia. Eles falaram que você estava chorando e ninguém conseguiu entrar no seu quarto.

— Até você chegar. — Completo.

— Sim. — Concordo, perdido na lembrança. — Eu lembro de subir as escadas da nossa casa correndo só pra saber o que tinha acontecido. Estava decidido que só ia sair de perto da sua porta até você abri-la. — Conta. Solto uma risadinha com isso.

Viraha [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora