𝘗𝘳𝘰𝘵𝘦𝘤𝘵 𝘔𝘦 (𝘙𝘰𝘮𝘪𝘵𝘳𝘪 ) ✔️

Capitulo 70 - Sem escapatoria!

ROSE ^_^

Senti as mãos dele em meu corpo, me apertando e me reivindicando como sua. Eu o amava mais do que a mim mesma, e muito mais do que poderia amar outra pessoa. Mesmo dormindo, ele estava ali, me segurando, sem querer me soltar nunca mais. Sorri passando as mãos em seus cabelos e tirei levemente a mão dele de meu corpo. Me levantei e fiquei na ponta dos pés, sem fazer barulho algum. Estava morrendo de sede, e nem sabia onde meu vestido, ou qualquer peça minha de roupa tinha parado.

Andei pelo quarto, apenas guiada pela luz da lua vinda das janelas grandes de vidro aberta. Suspirei e meu estômago roncou. Fome. Eu estava faminta. Com tanta fome que comeria um cavalo, bom... qualquer coisa serviria.

Abri a porta e sai do quarto, olhando Dimitri se virar e abraçar o travesseiro sussurrando meu nome: "Roza..."

Desci as escadas e encontrei meu vestido jogado no chão. O vesti sem fechar o zíper atrás e voltei a andar. Errei a porta algumas vezes, até chegar na cozinha. Primeiro eu tomei água, depois ataquei uma caixinha de morangos.

Eu ainda mastigava quando ouvi um ruído vindo de fora e um latido. Me levantei e circulei pela cozinha. Meus olhos se arregalaram quando vi uma porta de vidro aberta. Rapidamente a fechei, sem fazer barulho. Tudo ficou quieto, tirando a minha respiração que ficou inconstante.

Senti meu coração bater acelerado, havia algo errado. Muito errado. Era melhor eu subir e acordar, Dimitri. Dei alguns passos para trás e esbarrei em algo...

Fiquei paralisada. Não era algo. Era alguém. Alguém enorme, como um armário de 2 metros de altura. Fui presa por seus braços e no desespero da situação não consegui me defender. Ele prendeu meu pescoço com um braço e com um outro minha boca, para me impedir de gritar. Bati os pés no chão, tentando grunhir, gritar e me libertar. Não consegui. Ele era forte como uma rocha. Eu não tinha escapatória. Estava perdida.

Estava escuro, mas reconheci os cabelos grandes e pretos, quando ela colocou um pano branco em meus lábios e nariz, me impedindo de respirar. Meus pés tremerem e minhas mãos arranharam os braços do armário, porém eu sabia que não conseguiria lutar por muito tempo.

Meu corpo ficou mole, parei de lutar, e então fitei seus olhos.
— Bons sonhos... – Natasha sussurrou e tudo ficou escuro.

———————————————————————

Senti o sol irradiando em meu rosto e o cheiro do mar, enquanto tudo ao meu redor balançava. O enjoo e a fome me fizeram ter vontade de vomitar. Onde diabos eu estava? Por que...?

Abri os olhos, ainda me sentia zonza e me deparei com Natasha a minha frente, com uma arma na mão e um sorriso perverso em seu rosto. Eu ainda me sentia estranha e quase nocauteada, porém trinquei os dentes. Ela sorriu ainda mais, como se finalmente tivesse me vencido.

Ela não me venceria. Eu lutaria. Tinha que lutar. Eu lutaria até a morte por minha vida. Sabia que precisaria lutar. Sabia que... ela me mataria. Me mataria há qualquer segundo sem nem piscar.

Movi os braços, que estava presos para trás, porém senti a corda que os prendia queimar a minha pele. Eu estava presa e amarrada na porra de uma cadeira. Meus pés descalços também amarrados e doloridos.

Meus olhos circularam o local de meu cativeiro. Eu estava em um iate, que estava em alto mar. Era todo branco com algumas partes de madeira. Só Natasha estava ali. Nenhum outro homem estava a vista. Ela queria me matar sozinha e rir ouvindo minhas últimas palavras.

Tasha pigarreou e deu um risinho quando deu um passo a minha frente.
— Já não era sem tempo. Pensei que precisaria te matar com você desmaiada. – Falou na lata.