_Isadora_
Acordei com o despertador tocando, levantei para fazer minhas higienes e o Rodrigo acabou acordando.
- Bom dia, vida. — ele cheirou meu pescoço me abraçando por trás.
- Bom dia, meu bem. Como foi o sono?
- Foi bom, mas o teu deve ter sido melhor ainda, me deixou assistindo sozinho e não tava nem no meio do episódio.
- Para a sua informação eu ainda assisti muita coisa!
- Fala aí só uma coisa que tu lembra então. — tentei me fingir de sonsa, já que não lembro de absolutamente nada.
- Amor, tenho que tomar meu banho, beijo! — dei um beijo rápido no mesmo e entrei no banheiro.
Assim que sai do banho eu me vesti e me despedi do Rodrigo, o mesmo comeu e voltou a dormir, já que estava de folga.
—
O expediente estava normal, até o Lucas me chamar fora da cozinha, o que eu achei mega estranho, e não fui a única quem achou estranho, já que todos os olhares se direcionaram a eu.
- Não precisava falar com essa seriedade, criatura. O que houve?
- A gente tem uma entrega, deve ser uma surpresa para namorado. — o olhei confusa.
- Tá, e o que eu tenho com isso? O entregador é o Ronaldo, e ele veio.
- Eu sei, mas é aí que tá, a cliente ligou em anônimo porque queria realmente fazer surpresa para o namorado e pediu para que você fosse entregar, falou que já foi atendida por você e que gostaria que fizesse a entrega.
- Credo, que estranho. Eu preciso mesmo ir? — o olhei.
- Fica de boa, é num motel, nada demais. Além disso, ela vai pagar dobrado.
- Tudo bem, vou me trocar e vou.
Eu estava mega curiosa e ao mesmo tempo furiosa, meu expediente já estava acabando e essa merda de entrega vai me atrasar, mas independente do meu chefe ser meu amigo, não posso sair dizendo não para ele. Me vesti, peguei a entrega, e após me despedir do pessoal eu fui, o Lucas fez questão de pagar um uber e disse que não podia dizer não a uma cliente, já que isso podia dar merda pra ele, ele até se ofereceu a ir junto, mas a vergonha seria ainda maior.
Mas ainda sim, foi uma puta vergonha entrar no uber com um endereço direcionado a um motel, eu devo ter jogado pedra na cruz, não é possível.
Não demorou muito para chegar no tal motel, mas ele era um pouco afastado de tudo, talvez pra não ter reclamações de gemidos, ou sei lá, vai saber. Me despedi do uber ainda com uma vergonha imensa e me identifiquei na portaria, a cliente liberou minha entrada, e então eu subi.
Procurei, procurei, até encontrar o tal do quarto "87", bati na porta e logo ouvi passos, provavelmente a cliente estava vindo abrir a porta.
E foi quando a porta abriu que ela me revelou um tombo, um tombo do caralho.
Era ele, era o amor da minha vida ali, o meu namorado, o cara que eu abandonei tudo para viver junto, ele estava ali, em carne, osso e babaquice. Ele parecia tão assustado quanto eu, e logo atrás apareceu ela, era a Natália.
- E aí gato, chegou o que eu pedi? — ela apareceu atrás dele e foi inevitável ver o sorriso no rosto dela quando ela me viu.
- Que merda é essa, Rodrigo? — eu o olhei tentando ao máximo segurar as lágrimas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Recomeçar
JugendliteraturEmbarcar numa loucura e ir parar no Rio de Janeiro foi a coisa mais radical que poderia acontecer, tinha tudo para ser mil maravilhas, tudo para sair como o planejado. • Revisada • Este livro é um Spin Off de "Meu Melhor Erro" disponível em meu perf...