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                              _Isadora_

Cheque mate! Felizmente havia conseguido fazer com que o Duarte liberasse o Loirinho, mas sabia que isso iria me custar algo, e eu adoraria pagar por isso.

Desci na casa da Morena que era pertinho, ou seja, não demorou muito para eu chegar e eu já fui entrando. Ela estava na cozinha fazendo algo.

- Tá pensando que aqui é a casa da Maria Joana? — ela me olhou com cara de deboche.

- Ih, garota, quebro teus dentes hein. — ela estava toda alegre. - Que felicidade é essa? Deu a piriquita?

- Dei o que? — ela me olhou confusa.

- A BUCETA, JÉSSICA! — ela gargalhou quando eu gritei.

- E se eu te disser que sim? — ela se virou de costas para não ver minha reação e meu queixo foi no chão.

- QUÊ? Com quem?

- O Lucas.. aí mana, aquele bofe é tudo! — ela ficava ainda mais sorridente enquanto falava dele.

- Mentira! Não acreditoo, aí que bonitinhos, mamãe.

- Ele me trata tão bem que eu fiquei de cara, e a casa dele?! Uma cobertura em Copa, irmã!

- Passada! Mas e aí, como tá o coração? — a olhei.

- Em paz, depois do.. você sabe quem, eu quero me amar. Mas em relação ao Lucas, eu vou deixar rolar, vou deixar o destino me guiar.

- Tá certíssima, irmã. Sei o quanto esse macho é incrível e apoio super vocês dois, imagina eu sendo titia?

- Cala essa boca! — ela me bateu com o pano de prato.

Ficamos conversando sobre os machos da vida e comemos uma torta de frango enquanto assistíamos Jane The Virgin, essa série me fazia chorar horrores. O celular da Morena começou a apitar de notificações e eu a olhei, ela me olhou de volta e pegou o celular.

- É a Tia Clarisse, falou que fez uma torta de morango. — ela sorriu enquanto digitava.

- Aproveita e vai! Eu volto aqui mais tarde, mana.

- Ué, tá doida? Tu vai comigo. — ela continuou digitando. - Contei pra ela que tava contigo, pediu pra eu te levar.

- Tá né, eu que não vou negar comida!

Subimos o morro na luta, o sol já estava de torrar um e demoramos um pouco para chegar, assim que batemos na porta ela já veio nos receber com um sorriso, ela parece ser uma mãe e tanto, é um amor de pessoa.

- Oi meus amores! Entrem, venham. — ela deu espaço e nós entramos.

- Oi Tia! Tava morrendo de saudades da sua torta. — A Morena abraçou ela e se jogou numa poltrona e eu me sentei no sofá, logo a Clarisse veio com a torta de morango e colocou em cima da mesa de centro junto com uns pratinhos e garfos.

- Que linda! — eu sorri. - A senhora faz sozinha?

- Sim, receitas de minha falecida mãe. — ela sorriu serena.

- Isadora é doceira, tia. Faz uns doces mara!

- Vamos trocar receita então, Isadora.

Ficamos conversando sobre doces e até a Morena se empolgou no assunto, a mesma prometeu me ensinar varias receitas salgadas, assim que terminamos de comer, eu e Morena fizemos ela nos deixar lavar a louça depois de muita insistência, e quando nos sentamos novamente no sofá, o Duarte entrou. Ele pareceu bem surpreso em me ver na sala dele, e mais, com a mãe dele.

- E aí. — ele nos cumprimentou e beijou a testa da mãe.

- Meu filho, tem torta no balcão.

- Suave, vou pegar lá. — ele assentiu e foi para a cozinha.

- Esse menino tem cada linguajar.. — ela falou e nós rimos.

- Miga, pega lá meu celular que eu esqueci na cozinha? Por favor! — eu a olhei e ela implorou com os olhos, eu revirei os olhos e assenti.

Fui até a cozinha e quase meti a cara nas costas do Duarte, que estava comendo um pedaço de torta, agora sem camisa. Eu peguei o celular da Morena tentando fazer o maior silêncio possível e ele se virou me olhando de cima a baixo.

- Tá querendo fugir de mim na frente da minha mãe é? — ele me puxou pela cintura.

- Não tô fugindo, vim pegar uma coisa só.

- Bom te ver aqui, mas seria melhor ainda na minha cama. — ele cheirou meu pescoço me fazendo arfar baixo.

- Começa não, tentação do diabo! — eu tentei me esquivar e ele me apertou mais contra ele.

- Sabe que se quisesse sair, tu já teria saído. — ele foi caminhando lentamente até me fazer bater a bunda de leve no balcão.

Ele olhou nos meus olhos e desceu o olhar para a minha boca, em seguida beijando-a. Eu retribui o beijo e quando vi ele já havia me colocado em cima do balcão e chupava meu pescoço, foi quando ouvi passos e saltei do balcão.

- Aqui, achei! Morena é muito desleixada. — eu disfarcei e a dona Clarisse entrou na cozinha.

- Lerdona mermo. — ele entrou na atuação e eu saí de fininho.

Eu voltei para a sala e estrangulei a Morena pelo olhar e ela riu, em seguida estendeu a mão pedindo o celular com cara de deboche.

- Você me paga, ridícula! — eu falei baixo.

- Coloca o cabelo na frente, miga! — ela falou no mesmo tom, mas rindo e eu coloquei meu cabelo de uma forma que escondesse meu pescoço.

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