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                          _Isadora_

Eu não preguei os olhos um segundo, meu celular estava cheio de mensagens dele, mas eu estava tão confusa e com medo de estar naquela posição novamente que não tive coragem de abrir. Fiquei acordada o dia inteiro, Morena chegou e eu ainda estava ali, da mesma forma que cheguei, eu fiquei.

- Isa? Tá fazendo o quê aqui? — ela se assustou quando me viu.

- Não queria ir pra casa, ele iria me procurar lá e eu iria abrir a porta, nossa, eu sou muito burra!

- Ué, ele quem? — ela se sentou no sofá.

- O Duarte.

- Ihh, deu alguma merda? — ela perguntou e eu assenti. - Tem certeza que deu merda ou você quem imaginou uma merda sozinha?

- Não sei.. qual a chance de eu estar novamente naquela posição de corna? Juro, não devo ter sido feita pra amar, não é possível! — eu comecei a chorar novamente.

- Não! Não começa a chorar de novo, tu nem dormiu, tá com essas olheiras do cão. E nem pensa em chorar, olha esse mulherão da porra que você é, irmã. Vive me falando que macho que me magoasse não me merecia e agora tá nessa?! Me fala, o que aconteceu?

- Eu fui na boca atrás dele.. ele falou que ia resolver um negocio e tinha ido pra lá, falou pra eu ir chamar ele lá quando saísse do bar, quando cheguei lá, tinha uma mulher com ele. Eles estavam com um papo estranho, estavam rindo, e quando eu cheguei, eles pararam de rir.

- Porra, não acredito numa merda dessas, eu mato ele! Como ela era?

- Eu sei lá! Ela era alta, cabelo enorme, ela é mega gata, tem até os olhos claros, cheia de tatuagem. Só reparei nisso. — ela ouviu e ficou pensando por um tempo, logo em seguida começou a rir.

- Você é muito surtada! — ela ainda ria.

- Ué?! Vai ficar rindo da minha desgraça agora? ÓTIMA AMIGA.

- Aí, maluca. — ela pegou o celular e me mostrou uma foto. - Era ela? — eu assenti e ela riu novamente. - É A FERNANDA! É prima do Duarte, sapatão inclusive. Come mais xereca que ele.

- Sério? PUTA QUE PARIU! Eu sou tão surtada assim?

- Nem vou responder, vai atrás do teu macho, vai! Maluca.

- Vou resolver meu surto, beijo! — dei um beijo rápido no rosto dela e saí, subi o morro tão rápido que nem bala me pegava, sei lá em quanto tempo eu cheguei na casa dele.

E pra minha sorte, ele estava parando a moto lá na frente, eu corri e abracei o mesmo, ele me olhou sem entender e eu o apertei.

- Desculpa, desculpa, desculpa! Eu sou muito surtada? — o olhei.

- Pra caralho. — ele riu. - Descobriu que era minha prima?

- Sim, desculpa, de verdade. Surtei sem nem ver tuas mensagens.

- Não preciso de mulher nenhuma tendo tu do lado não, surtada. Bora, entra aí.

Nós entramos e a prima dele estava no sofá vendo algo no celular.

- Aí, a surtada da minha mina que te falei. — ele tirou o braço do meu pescoço.

- Aí, desculpa, sério. Tô bege de vergonha.

- Fica de boa. Era mais fácil eu querer tu do que esse aí, eu gosto da mesma fruta que ele.

- Aí gente, tô com vergonha agora.

- Tu deu um chá nele mesmo, nunca vi esse aí tão nervosinho. É a famosa Isadora não é?

- Sim! Fernanda né? — ela assentiu. - Vai ficar por aqui?

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