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                          _Isadora_

Me despedi da Letícia depois de um expediente mega cansativo e me deparei com ele logo na saída, o meu príncipe montado em uma XJ6.

- Tá se arriscando pra vir me buscar, é? — eu sorri e o abracei.

- Demorou pra caralho. Sobe aí que nós vai ali. — ele retribuiu o abraço.

- Ali onde?

- Se tu não for, não vai descobrir. — eu revirei os olhos e subi na moto.

Estávamos fazendo um trajeto completamente diferente do caminho do morro, acabamos indo para o meio do nada, era uma espécie de chácara, só havia ela ali. Logo ele desceu e foi abrir a cancela, nós entramos e o lugar era extremamente lindo.

- Caramba! Que lugar é esse? — o olhei e descemos da moto.

- É de um parceiro meu, me emprestou.

- E não é perigoso?

- Nós tá no meio do mato, amor. — ele me chamou de "amor" e eu senti o meu corpo inteiro arrepiar, meu coração chegou a errar as batidas.

- E qual foi o motivo do cavalheiro me trazer num lugar tão lindo?

- Fica de boa, bora. — ele tirou uma chave do bolso e abriu a porta.

A sala era extremamente linda, tudo tinha uma decoração rústica e delicada, era bem chique até. Eu ouvia alguns cavalos relinchar, parecia que eu realmente estava num paraíso.

- Uau, eu tô impressionada, de verdade.

- Só não é mais bonito que você. — ele me puxou para perto dele e nós ficamos nos encarando antes de nos beijarmos. - Bagulho tem até banheira, pô.

- Mas e o morro?

- Loirinho e JK tá lá, fica suave. Foca aqui, em nós dois só.

- Vou ficar com a roupa do corpo até amanhã? — eu lembrei e o perguntei.

- O pai é preparado, mandei morena arrumar uma bolsa pra tu. — ele apontou para o sofá e eu vi uma bolsa minha.

- Uau, ele é romântico! Não conhecia esse lado seu.

- Vai conhecer agora. — ele me puxou até o andar de cima onde havia uma suíte, tinha uma cesta em cima da cama e eu tinha a certeza que tinha dedo da Morena nisso.

Ele sentou na cama e me puxou para cima do mesmo. Iniciamos um beijo intenso e ele tirou a minha blusa, encarou meus peitos como se fosse uma criança querendo mamar e tirou meu sutiã, eu já estava delirando em senti-lo e tirei sua camiseta. Ele começou a brincar "comigo" e a cada vez que ele fazia um movimento diferente com os dedos eu delirava ainda mais. Não demorou muito para que eu implorasse que ele adentrasse dentro de mim e assim ele fez. Diferente do nosso ritmo selvagem das outras vezes, nós fizemos amor de uma forma calma, mas que nós nós aproveitamos bem, só aquela cama saberia dizer.

- Puta que pariu, você acabou comigo. — ele respirava tão ofegante quanto eu deitado ao meu lado.

- Pode ter certeza que foi recíproco, meu bem. — eu estava completamente suada e minha respiração ainda ofegante. - Vem tomar banho comigo? SEM Malícia.

- Você que manda, patroa. — nós levantamos ainda meio zonzos e ligamos a banheira. Assim que ela encheu eu sentei no meio das suas pernas enquanto ele ensaboava as minhas costas.

Tomamos um banho juntos, realmente sem malícia e descemos novamente para a cozinha.

- Dessa vez você vai ser o chefe? assim que eu gosto.

- Acostuma não, sou péssimo nesse bagulho, pedi pra coroa me ensinar. — ele começou a mexer em uns ingredientes e eu aproveitei pra ver meu celular, tinham mensagens da Bru.

Nós conversamos um pouco e eu estava mega feliz, sabia que o apê estava em boas mãos e a Bru ficaria bem

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Nós conversamos um pouco e eu estava mega feliz, sabia que o apê estava em boas mãos e a Bru ficaria bem.

- Tá pronto, esfomeada. — ouvi o Duarte falar da cozinha e fui lá.

- Eita! Strogonoff? Ui, tô muito bem de boy. — eu selei nossos lábios e fui me servir.

Quando fomos comer, um silêncio tomou conta do chalé inteiro, ele parecia nervoso, mas eu não perguntei nada, esperei ele falar. Lavamos a louça juntos e jogamos sabão um no outro, fizemos uma festa só e depois limpamos tudo, ele ainda parecia tenso.

- Bora lá fora, quero te mostrar o resto dos bagulho. — eu assenti e ele me deu a mão, me guiou até o lado de fora e a chácara tinha até um pequeno lago. Havia um sofázinho com uma espécie de lareira no meio, era incrivelmente lindo, nós nos sentamos lá e ele colocou as minhas pernas no colo dele.

- Amor, tem algum motivo pra a gente estar aqui, não tem? Parece até que um de nós vamos morrer e isso é uma despedida, sei lá. — eu o olhei e ele engoliu seco.

- Eu te amo pra caralho, patricinha.

- Eu te amo muito também. — Eu sorri e o abracei.

- Tô ligada que tu percebe tudo, mas real, te trouxe aqui pra nós aproveitar o outro, pensei pra caralho nisso e aqui é a nossa despedida.

O mundo parou por um segundo, senti meu nariz arder e eu quis chorar, meu coração batia cada vez mais forte e nós nos encaramos por longos minutos.

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