Quem sou eu? {Concluída}

Capítulo 36

(Midoriya narrando)

- Quais as chances de você me trair? - Perguntei ao Todoroki.

Ele estava sentado aqui no sofá, observando os outros membros. Então deitei aqui e apoiei minha cabeça no colo dele.

- Quase nulas. - Me respondeu. - Por quê?

- Eu gosto de você. - Disse a ele. - Não quero que vá embora.

Ele ficou surpreso. Eu não teria coragem de dizer isso antes, mas se eu morrer hoje, quero que ele saiba. E me sinto muito tranquilo quando posso olhar para o seu rosto.

- Você fica lindo com essa roupa de policial. - Me disse acariciando o topo da minha cabeça.

- Quando eu voltar, a gente pode fazer alguma coisa divertida. - Sugeri. - Posso ser o policial e você o ladrão. Que acha?

Ele ficou envergonhado, mas assentiu. Parece que ele está me tentando com esse lado tímido.

- Com prática eu vou acabar descobrindo todos os pontos fracos do seu corpo. - Comentei andando com meus dedos pelas coxas dele, subindo devagar. - Vai ser muito prazeroso para nós dois.

- Só que quem comanda isso, sou eu. - Me disse sério. 

Não consegui evitar de sorrir. Provocar ele e receber essa resposta melhorou muito meu dia. 

- Você acaba de garantir sexo pra essa noite. - Avisei sorrindo.

- Eu já enviei todos. - Aoyama me informou. - Só falta você.

- Eu já vou, por enquanto, vá para o local do ataque final. - Pedi e ele saiu.

Aoyama tem todos os motivos pra me trair. Não tem porque ele estar aqui. Não tem motivos para ele duvidar dos heróis. Só que ele está preocupado comigo, ele tem medo. Se eu fosse ele, também teria. Bom, se eu fosse eu, na situação dele, não teria tanto quanto ele teve.

Se de repente alguém que eu gosto me aborda sobre esse assunto. De todos que são desprezados e dos que não tem individualidade. Pra depois ser convidado pra uma revolução. Eu admiti ser o estrategista que todos estavam procurando. Poderia ter dado muito errado, mas não deu.

Aí eu penso. Se ele estivesse com medo de mim, teria aceitado, mas está aí a questão, por que ele não falou aos heróis se não concordasse comigo?

Eu teria falado se alguém me abordasse daquela forma. Ou seja, o que ele esta fazendo aqui? Ele não tem motivos para estar aqui. Porém, é medroso demais pra agir como espião.

Talvez eu deva perguntar a ele. Mas aí vai perder a graça de ser traído.

Tanto faz. O que ele pode fazer agora?

(Algumas horas depois)

- Bom dia, John. - Cumprimentei o guarda que está vigiando as câmeras.

Agora devem ter tantas pessoas nas ruas por causa das festas de final e começo de ano. Mais de final. Que hora melhor pra soltar todos os vilões do país do que na passagem de ano? Tão simbólico.

Esses vilões já foram avisados do que vai acontecer porque tenho um dos meus infiltrado aqui. Ele avisou. Claro que ninguém acreditou, mas quando as portas das celas se abrirem, vão acreditar.

Peguei a chave de controle e a coloquei no painel. Tudo bem que essa prisão é pequena já que aqui é uma cidade cheia de heróis, mas essa falha na segurança é impossível de não notar.

Primeiro que não tem nenhum guarda aqui, além de mim, que supostamente deveria estar de vigia.

E segundo, tem um lugar pra encaixar a chave e um botão pra apertar. Deveriam ter dois buracos de chave. Um de cada lado, para que não desse pra girar os dois com uma pessoa só. E seriam necessárias duas pessoas pra girar as duas chaves ao mesmo tempo.