Quem sou eu? {Concluída}

Capítulo 15

(Midoriya narrando) 

Passei a semana internado. Os médicos me disseram que a Recovery Girl passou aqui e me ajudou na recuperação, mas meu corpo ainda dói. Parece que eu tinha vários ossos quebrados.

- Deku? - Uraraka perguntou entrando no quarto. Tirei meu olhar do teto branco do hospital e virei pra ela. A vi sorrindo. - Como você está? - Ela se sentou na beirada da cama. 

- Melhor do que antes, obrigado pela preocupação. - Disse me sentando. 

- Estamos todos preocupados. - Ela disse, acho que ela está triste com algo. Peguei na mão dela e ela sorriu. - O médico disse que você vai poder voltar para o dormitório a tarde. 

- Que bom, já estou cansado de passar tanto tempo nesse quarto branco. 

Ela parece distante, parece preocupada com algo, ou alguém. 

(Uraraka narrando)

Me despeço dele, disse que quando ele voltasse ao dormitório iria ter um bolo de chocolate o esperando. Deku ama doces. Abri a porta e assim que a fechei, passei pelos quatro policiais de plantão na frente do quarto. 

Abracei meu braço. Por que ainda desconfiam dele? 

Voltei para o dormitório. Assim que entrei Shinso veio ao meu encontro. Ele deu um meio sorriso, sorri assentindo. Ele fechou o rosto. 

- Ainda estão lá. - Disse indo me sentar no sofá. Shinso me acompanhou. 

- Eu não entendo. Sei que dissemos tudo aquilo sobre o Midoriya, mas depois do que aconteceu e depois de toda a investigação ele já não deveria mais ser suspeito. - Shinso disse lamentando, ele se sentou ao meu lado. 

Me encolhi no sofá, coloquei minhas pernas sobre o sofá e as abracei. 

- Oii. - Kaminari disse pulando de trás do sofá onde estamos e se sentando ao meu lado. - Que caras de morte. 

- Os policias ainda estão vigiando Midoriya? - Tokoyami perguntou se aproximando.

- Sim... - Respondi olhando para baixo. 

- Essas acusações contra ele são simplesmente impossíveis. - Sato disse se sentando na poltrona e cruzando uma perna sobre a outra, do jeito masculino.

- Estamos falando do Midoriya. - Sero disse. - Quem poderia sequer pensar que ele está trabalhando com os vilões? É loucura!

- Quem poderia pensar que ele é mal? - Ojiro perguntou. - Ele não consegue nem ver lixo fora da lixeira. Quem dirá comandar um ataque contra os próprios amigos. 

Nós pensamos. Eu pensei. Me levantei e deixei eles discutindo, mas o assunto já mudou de rumo. Eles estão se preparando para jogar videogame. Aproveitei para ir até a cozinha, pegando os ingredientes. Todoroki entrou com a receita em mãos. 

- Prefere fazer a massa ou a cobertura? - Perguntei levantando duas tigelas. Uma grande para a massa e a outra menor para a cobertura. 

- Prefiro fazer a massa. - Respondeu pegando a tigela maior. 

Começamos a fazer nossa parte. Quando Todoroki espirrou só vi a farinha voando. Virei para ele, ele me encarou assustado, com toda aquela farinha no cabelo e no rosto. Acabei por rir, o fazendo ficar vermelho. Ele fica fofo com toda essa bagunça. 

Voltei a fazer a cobertura enquanto ele limpava seu rosto, conversamos um pouco para o tempo passar mais rápido. Estamos tentando voltar a normalidade, mas o que passamos ainda dói. Me sinto ansiosa e de certa forma me sinto segura com ele por perto.