Acordo e levo alguns segundos para lembrar onde estou, alguns raios solares entram pela fresta da cortina e eu me pergunto que horas são. Baek está deitado, virado para mim, sua perna toca a minha e eu reparo no modo como os cabelos caem em sua testa.
Ontem ele acabou adormecendo enquanto conversávamos, eu me permiti fazer o mesmo após ter certeza de que sua respiração estava normal. Me estico com cuidado até meu celular na mesinha de cabeceira, me surpreendo ao ver que já são 11 am.
— Baek. — Chamo baixo, minha mão deslizando pelo seu rosto. — Acorda.
Se meu estômago está doendo de fome, imagine o dele que está vazio devido ao mal estar da noite passada.
— Que horas são? — Resmunga cobrindo os olhos com as mãos.
— 11 am. Eu estou morrendo de fome.
Seu corpo vira na minha direção, eu sorrio quando sua mão alcança minha bochecha e deixa uma carícia ali.
— Bom dia.
— Bom dia. — Sento me espreguiçando.
Um bocejo escapa enquanto esfrego o rosto, preciso de um café para recuperar a energia. Observo Baekhyun levantar, ele segue até o guarda roupa e abre uma das portas, logo começando a revirar algo la dentro.
— Toma. — Joga uma embalagem de escova de dentes nova, e eu apego antes que me acerte no rosto.
— Obrigada. — Encaro o objeto de cabo azul. — Tem estoque de tudo?
— O necessário, odeio ir a supermercados, muita aglomeração. — Franze o cenho numa careta. — Maior chance de contaminação.
É uma boa estratégia, considerando que qualquer gripe que ele pegue, tem uma chance maior de se tornar pneumonia.
— Você sempre tem um plano B para tudo. — Cruzo os braços.
— Quase tudo. — Seu olhar foca em mim, a seguir Baek se vira e me joga uma camisa. — O moletom vai te deixar com calor.
Na noite passada, sequer tomei banho, apenas vesti o moletom dele, por sorte meu perfume era forte.
— Posso tomar banho? — Seguro a peça com cuidado.
— Tem sabonete e toalhas no armário da pia.
Baek usa rapidamente o banheiro e eu vou em seguida. Pego uma toalha branca e um sabonete com fragrância de pêssego. A água morna relaxa meus músculos, sorrio quando encaro minha escova no suporte ao lado da de Baek, quando foi que nos tornamos tão íntimos?
Por algum motivo, todas essas pequenas coisas me parecem fácil ao lado dele. Acordar ao seu lado, observar os cabelos ruivos caindo sobre a testa e usar sua camisa. Tudo isso soa confortável e certo. Suspiro fechando o registro e pegando a toalha, preciso parar de fantasiar sobre essas coisas.
Assim que entro na cozinha, o cheiro da sopa de legumes me envolve. O olhar de Baekhyun logo se desvia para mim e um sorriso enche seu rosto.
— Quer ajuda? — Me encosto ao balcão.
— Já estou terminando. — Aumenta o fogo do arroz. — Agora é só esperar ficar pronto.
— Ainda bem, vou morrer de fome se não comer logo.
— Dramática. — Rola os olhos e se aproxima, sua mão tocando meu ombro enquanto ele se aproxima. — Você está cheirosa.
— Obrigada. — Engulo em seco quando noto seu olhar em minha boca.
Sua mão sobe para minha nuca e eu não recuo quando Baek me beija. O braço livre envolve minha cintura, fazendo um arrepio se espalhar por minha coluna. Suspiro acompanhando seu ritmo, é possível sentir que ele sentiu tanta falta quanto eu.
Mordo seu lábio inferior, Baek aprofunda o beijo, suas mãos seguram meu tronco e ele me põe sentada sobre o balcão, facilmente se encaixando entre minhas pernas. Puxo seu cabelo entre meus dedos, trazendo-o para mais perto, Baek me sela em meio a um sorriso e se afasta.
— Se você sumir amanhã, eu te mato. — Aperto suas bochechas.
— Não vou.
***
Depois do café da manhã que estava mais para almoço, lavei a louça e deixei Baek secar. Nós fomos para o sofá, ele me puxou para perto, ligando a TV em seguida.
— Você fica sexy assim com a minha camisa. — Baek contém um sorriso enquanto seus dedos acariciam meu braço.
— E existe algum jeito que você não me ache bonita? — Ergo a sobrancelha.
— Não. — Seus lábios tocam o meu num beijo rápido.
Apoio a cabeça em seu ombro, estar assim é ótimo, no entanto preciso saber como isso pode acabar.
—Baek. — Minha mão se entrelaça a dele. — Como fica a nossa relação?
— O que você acha melhor? — Seu polegar acaricia minha palma.
— Nós podemos ir com calma, vendo o que acontece. — Mordo o lábio. — Mas você precisa se comprometer a não se fechar do nada. Independente de ser uma amizade ou algo mais, as coisas só funcionam com diálogo. Fugir porquê está com medo, não é solução.
— Daqui pra frente eu vou te contar como me sinto.
— Acho bom.
Tudo o que menos quero é ser afastada de novo. Nós dois tivemos problemas com o término de nossas antigas relações, e é por isso que preciso ter cuidado. Sinto meus sentimentos crescendo a cada dia e tenho medo de acabar machucada de novo.
— Haseul, próxima sexta tenho apresentação num bar novo de Hongdae, quer ir comigo?
— Deixa eu ver. — Apoio a mão no queixo. — Passar a noite toda comendo e assistindo você cantar? Claro que aceito.
— Ótimo, vou me sentir mais seguro com você lá.
— Pensei que já estivesse acostumado aos palcos.
— E estou, mas é um lugar novo, me deixa nervoso. — Seus braço passa por sobre meu ombro.
— Vou fazer questão de pedir uma música.
— Posso saber qual?
— Na hora você descobre, tenho certeza que sabe tocar essa. — Sorrio.
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Baek ficando cada vez mais conhecido.
Que música a Haseul vai pedir?
Curiosidade que ninguém perguntou: eu entrei pra um coral, vou ficar ainda mais musical kkk
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