Twenty nine

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  Minha respiração misturada a de Baek embaça o vidro. Meus dedos se perdem nos cabelos dele, suas mãos empurram meu vestido para cima, agarrando minhas coxas.

     — Sobe comigo. — Peço mordiscando sua orelha. — Garanto que dessa vez o elevador está funcionando.

     Baek não hesita em responder, quando saio do carro, ajeito meu cabelo tentando disfarçar o que aconteceu nos últimos minutos. A atmosfera dentro do elevador parece sufocante, minhas mãos anseiam por tocá-lo novamente, seu perfume enebria meus sentidos.

   Quando finalmente fecho a porta do apartamento atrás de nós, sou pega de surpresa com Baek me pressionando contra a mesma. Uma de suas mãos está em meu pescoço, enquanto a outra me segura pela cintura. Ofego me deixando derreter em seus braços, Baek é fogo puro e eu gosto do jeito como as chamas me consomem.

     Seus lábios deslizam por meu pescoço, levo a mão até seus fios vermelhos incentivando-o a continuar. Ele me lê com facilidade, quando me livro de sua jaqueta, Baek se abaixa beijando a pele exposta em minha coxa enquanto abre o ziper de minhas botas. Um arrepio percorre minha coluna, seus dedos quentes serpenteiam pela pele exposta.

     Mordo o lábio, observando-o enquanto me livro de meus calçados, quando Baek fica de pé, não perco tempo e me impulsiono envolvendo minhas pernas ao redor de sua cintura. Suas mãos me apoiam e eu o beijo após fazer sinal em direção ao meu quarto.

     Não me dou ao trabalho de acender as luzes, quando Baek senta em minha cama, me afasto apenas para ligar meu abajur, deixando o cômodo numa luz amena e amarelada. Desço a mão, começando a soltar seu cinto, quero cada parte de Baek.

   Quero que ele me toque como uma de suas músicas favoritas, quero sentir cada acorde que seu coração  produz e vibrar na mesma sintonia.
   
      — Isso a gente deixa pra depois. — Sorrio me livrando de seu cinto.

   Baek me encara surpreso antes de sorrir, logo voltando a distribuir beijos por meu maxilar. Ele remove meu colar, seu polegar acaricia o ponto exposto na base de meu pescoço. 

     Sua pele está pegando fogo quando o toco por baixo da camisa, levo as mãos até a barra, quanto mais rápido isso sair do caminho melhor.

   — Para. — O tom assustado de Baek me faz recuar.

    — O que aconteceu? — Deixo minhas mãos sobre o colo.

   Começo a me preocupar com a possibilidade dele estar passando mal. Mordo o lábio, mas nós nem corremos dessa vez, será que fiz algo errado?

    — Eu não consigo. — Suspira fechando os olhos.

    — Não consegue o quê? — Acaricio seu rosto, ainda não sei onde Baek quer chegar.

    — Fazer isso sem a camisa. — Seu tom parece envergonhado e ele se inclina para meu toque. — Não deixo que vejam a cicatriz, é horrível.

   — Está tudo bem. — Lhe selo, voltando a acariciar seu rosto. — Pode me mostrar quando estiver confortável, garanto que não vai fazer eu me sentir menos atraída por você.

    Aos poucos, sinto seu corpo relaxar e aquela hesitação convicta perder firmeza. Parece que minhas palavras estão tirando um peso enorme de suas costas e a tensão vai se esvaindo conforme estas ganham efeito e concretude. Baek sente que estou sendo sincera e não pretendo forçá-lo a nada.

     Por trás de todas as suas brincadeiras, aqui está a verdade, Baek também tem medo da rejeição. Gostaria que ele pudesse se ver com meus olhos, não há nada nele que não me atraia.

    Me ajeito em seu colo, deixando os braços ao redor de seu pescoço e lhe dando um beijo calmo. Não quero pressioná-lo a continuar, então vou deixando Baek conduzir, tentando descobrir como isso vai acabar. Ele suspira quando meus dedos arranham sua nuca, logo me apertando contra si.

    Quando nos afastamos, seus olhos deixam claro o que fazer. Me ergo o suficiente apenas para que Baek empurre meu vestido até a cintura, me arrepio quando seus dedos tocam minha cintura exposta. Gosto do modo como conseguimos nos entender mesmo sem palavras, tudo parece fluir e quando meu vestido vai parar no chão, junto de sua calça e boxer, apenas sigo meu instinto.

     Baek reaje fácil ao meu toque, meus olhos estão nele todo o tempo, não preciso de muito para arrancar algumas notas do ruivo. Minha boca o faz produzir toda uma sinfonia, e o meu ego infla ao vê-lo cada vez mais perto do ápice. Sua mão agarra meu cabelo, me trazendo para cima num beijo ávido. 

    Ele me sela uma última vez, antes de engolir em seco e prosseguir para retirar a blusa.

    — Não precisa...

    — Eu confio em você, Haseul. — Meu nome soa doce, vindo dos lábios inchados e vermelhos.

    Baek remove o tecido, se inclinando para trás, ainda hesitante se deita me deixando ter uma visão do seu tórax  exposto. A cicatriz é grossa, a maior parte está na base do pulmão esquerdo, a luz amena não me permite ver perfeitamente mas noto a diferença na coloração da pele.

     Deslizo minha mão por seu abdômen de maneira exploratória, Baek parece tenso, eu apenas me inclino começando a depositar beijos em sua clavícula, descendo em direção ao tórax.

     — Você é incrível. — Sussurro.

     O marco com meus beijos e aos poucos a tensão se desfaz. O frio toma conta da minha barriga quando me desfaço da minha lingerie, faz um bom tempo que estive assim em frente a alguém. Baek apenas sorri ao me puxar para a beira do colchão. Cada beijo na parte inteiror de minhas coxas, me deixa arrepiada.

    Mordo o lábio numa tentiva frustrada de conter os sons. Seu cântico me faz contorcer contra os lençóis, sua língua me faz deleitar nas mais belas notas, revirando os olhos enquanto tremo em euforia. É isso o que fazemos: música. Há uma melodia própria em seu toque.

    Quando nos juntamos num único arranjo, seu corpo quente contra o meu, o envolvo com minhas pernas, querendo cada parte de Baek. Logo me acostumo, fazendo-o prosseguir num ritmo lento.

    Baek me beija e eu me movo junto a sua batida. Somos como uma orquestra tocando em sincronia, cada novo acorde me faz ver estrelas. Minhas unhas arranham suas costas, o suor faz os fios vermelhos grudarem a testa. Chamo seu nome incontáveis vezes, me perdendo entre toques e susurros.

    O céu já começa a mudar de cor quando Baek desaba sobre mim pela última vez. Sua respiração acelerada bate contra meu pescoço, me sinto trêmula mas não contenho um sorriso.

    — O que é tão engraçado? — Sussurra sonolento ainda se agarrando a mim.

     — Você estava falando sério sobre manter as pessoas entretidas. — Afago seus cabelos.

    — Eu avisei.

   Me sinto grudenta mas estou cansada demais para me arrastar até o chuveiro. Desligo o abajur e abraço Baek numa posição mais confortável.

    — Haseul?

   — Hum? — Meus olhos estão pesados.

    — Você sempre vai ser minha canção favorita.

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Depois de muito esforço finalmente esse capítulo saiu.

   O Baek finalmente tá se sentindo mais confortável com a Haseul 🥰
    

𝐅𝐎𝐑 𝐋𝐈𝐅𝐄 ➵ 𝑩𝒂𝒆𝒌𝒉𝒚𝒖𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora