Faziam três anos que estávamos naquela cidade. Sabia que uma hora íamos passar por aquilo situação novamente. Nos últimos anos tinha se tornado fácil não fazer muitos amigos. Para que? Eu iro embora tão rápido que não conseguiria mantê-los.
Era desgastante aquela situação para todos nós. Mas fazia parte trabalho do meu pai. Minha mãe nunca deixaria a família se separar então nós o seguimos por todo o país. Ele dizia "que seria a última vez", mas nunca era.
- Rafael, pegou tudo? - Questionou minha mãe empurrando outra caixa.
- Desta vez não tem tanta coisa. - Apontei para algumas caixas.
- Há filho não fique assim- minha mãe acariciou a minha cabeça mesmo com dezenove anos ela ainda mantinha esse abito. - Seu pai prometeu que essa é a última vez.
- Tudo bem, eu realmente entendo.
O que podíamos fazer, era necessário meu pai nunca iria para uma nova cidade se não tivesse nosso apoio.
- Papai eu não vou! - Clara gritou se agarrando a uma pilastra que tinha várias marcas como sua altura e as messes escrito a caneta.
- Clara papai já explicou para você unas quinhentas mil vezes! - Meu pai começo a puxa -lá e ela não soltou eu e minha mãe começamos a ri estava mais para engraçado do que como algo grave.
- Não tem graça! - Gritou meu pai- Da para vocês ajudarem aqui?
- O que vou ganhar com isso? Está bem mais engraçado olhar. - Afirmei.
- Você pode escolher o seu quarto primeiro na casa nova. - Meu pai sabia que só eu conseguiria convencer a Clara.
Eu sempre conseguia, se ele não tentasse usar a força sempre com ela também conseguiria, ele ficou ausente na criação dela por tanto tempo que as vezes se esquecia que ela era uma menina. Viver com Clara me fez aprender a usar de estratégia e com ela a melhor estratégia sempre era barganhar.
- Pode deixar comigo ...- empurrei meu pai que ficou me olhando cético. - Clara o que você acha de tiramos uma foto para você guardar?
Ela levou um tempo até parar de chorar e pensar na proposta. Eu continuei.
- Além do, mas você já está muito alta. Precisa de uma parede nova. - Só de ouvir que estava alta ela soltou a pilastra e foi pegar a câmera.
Meu pai ficou me olhando com uma cara de surpresa tentando entender como eu consegui fazer aquilo. Minha mãe sorriu para mim e eu continuei levando as caixas para o carro.
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CORAÇÃO OBSTINADO
Romance" Não importa o que e o objeto de obstinação de alguém, o problema está no coração "- Ideraldo Assis