Clamor

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 Os dias se passaram e eu comecei a sentir um incomodo no meu coração. Era algo diferente do que de costume sentia um desejo ardente de ir ver o irmão do Calebe mais não sabia se teria permissão dos meus pais para ir até outra cidade.

Como meu pai estava viajando seria bem mais fácil convencer a minha mãe a concordar com a ideia.

- E aí mãe tudo de boa? - Nossa eu não levava o menor jeito nessa coisa de ser sutil.

- Tudo de boa? Ai meu Deus o que você fez com o meu filho? - ela pegou a vassoura e apontou para mim de brincadeira.

- Ele com certeza quer alguma coisa. - Afirmou a Clara com um livro aberto em uma das mãos.

- Volta para o seu livro. - Eu peguei o livro com uma das mãos e ela puxou de volta.

- Hum... o que você quer? - Ela disse se sentando e apontando a mão para eu sentar ao lado dela no sofá.

- e sei que geralmente eu converso com o meu pai, mais eu queria ir até o hospital para ver o irmão do Calebe.

- Mais você vai sozinho? - Ela não pareceu gostar da ideia.

- Sim, eu sinto que ele está precisando de um amigo.

- Mais alguém sabe que você vai. Os pais deles? - eu fiz que não com a cabeça tendo quase certeza que eu não iria. - Por mim tudo bem, só vou pegar o número deles com a Gretta para avisar que você está indo.

- E quem vai ler para eu dormir? - Clara perguntou como se não soubesse ler sozinha.

- Prometo que quando voltar trago o próximo livro da sua coleção para lermos juntos. - ela assentiu e saiu saltitando pela casa.

Era bom saber que minha mãe confiava em mim para deixar eu viajar sem supervisão. Nem parecia que a alguns anos atrás eu simplesmente tinha quebrado essa confiança, tudo era tão fácil agora contava as coisas e ela me dava um voto de confiança que eu cuidava para não quebrar eu sabia que essa liberdade me custava o meu compromisso e a minha seriedade. 

Não que as vezes eu não quisesse burlar algumas das regras que ela colocava mas sempre que eu colocava na balança via que não valeria apena e voltava atrás. Tinha constado muita coisa e não iria abrir não disso. Sempre quis ser para minha irmã e minha mãe alguém que elas podiam confiar, se sentir segura que podia contar alguém instável.

CORAÇÃO OBSTINADOOnde histórias criam vida. Descubra agora