12 [parte 2]

4.6K 387 93
                                    

Meredith Grey

Alguns minutos depois, recebi uma mensagem de Alex me perguntando onde eu havia me metido. Inventei qualquer desculpa e disse que já estava voltando para lá. Refiz todo o meu caminho de volta, desta vez com a cabeça um pouco mais centrada. Entrei no salão de festas procurando pelos meus amigos casados; eu diria que estava tudo lindo e que eles mereciam uma vida feliz, dançaria uma música e logo depois iria embora. Mas eu parecia não entender que não adiantava criar um roteiro, as coisas sempre iriam sair como o – não – planejado.

Logo de cara encontrei com Addison e Sloan na pista de dança. Eles sorriam um para o outro enquanto dançavam uma música agitada. Me dava enjôo ver a forma como eles estavam próximos e como ele a segurava pela cintura; e só de saber que daqui algumas horas ela estaria nua na cama dele eu tinha vontade de vomitar. O garçom passava com uma bandeja cheia de taças de champanhe, pedi para que ele deixasse comigo pois eu precisava de álcool mais do que qualquer pessoa naquele lugar. Fui virando taça por taça, bebendo cada gota; e quando acabou, me direcionei ao balcão de bebidas quentes. Pedi ao barman que me fizesse um drink especial e que misturasse as bebidas mais fortes que tivesse ali.

— Está sozinha? – Cristina de repente brotou do meu lado fazendo uma pergunta. Eu me sentia um pouco mais alegre, mas estava bem longe de estar bêbada. Abri um sorriso triste e assenti. – O que houve entre você e Addison?

— Eu não sei. – dei de ombros. Era a verdade. Não havíamos brigado nem coisa do tipo. Ela havia ficado brava por eu ter travado enquanto Derek me pedia para voltar. – Talvez eu não fosse alguém que valesse a pena correr atrás. – abaixei minha cabeça mexendo os dedos na borda do copo.

Cristina me abraçou de lado e desajeitado por menos que dois segundos. Depois se afastou e passou a mão pelo meu rosto limpando algumas lágrimas que teimavam em descer.

— Hoje você não vai ficar triste, é o casamento dos nossos melhores amigos e nós temos que aproveitar. – ela falou levantando meu queixo e me pedindo para respirar fundo. – Não é todo dia que podemos encher a cara de graça. – ela piscou me fazendo rir.

Em seguida pedimos juntas uma rodada de tequila com sal e limão.

— Acho melhor você deixar a garrafa. – disse ao barman, ele apenas sorriu e colocou a garrafa encima do balcão, junto com os limões já cortados e os sachês de sal. 

Até o sétimo shot eu estava até que me saindo bem, quando chegou no décimo primeiro minha visão começou embaçar, mas mesmo assim continuei bebendo uma dose atrás da outra. Quando a garrafa chegou ao final, Cristina e eu dávamos risada até do vento. Ela me chamou para ir até a pista de dança, e eu prontamente aceitei. Parecia que só existia nós duas dançando ali, não conseguia ver ninguém além das luzes piscando e os vultos ao meu redor.

Por alguns instantes eu consegui esquecer da minha situação, da dor do coração partido e apenas me divertir. Mas aquilo não durou muito tempo, de repente eu senti alguém me puxando pelo braço e me levantando até um lugar escuro. Eu conhecia aquele toque mais do que ninguém. Em silêncio, eu a acompanhei e esperei para ouvir o que ela tinha a me dizer.

— O que pensa que está fazendo? – perguntou me soltando e tentando arrumar minhas roupas. Mal percebi que meus seios quase pulavam para fora, e a fenda o meu vestido quase mostrava minha calcinha.

— Dançando. – respondi simples. – Do mesmo jeito que a fila andou para você, tem que andar para mim também, doutora. – eu falava arrastado, mas ainda sabia o que estava dizendo. Eu não estava tão bêbada a ponto de não ter controle das palavras que saíam da minha boca.

A ex do meu atualOnde histórias criam vida. Descubra agora