A ex do meu atual

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Meredith Grey

Era como se eu tivesse tirado um peso das minhas costas. Eu não precisava mais esconder de ninguém que estava esperando um bebê. Depois de falar com Derek, fui direto a sala do chefe, dizendo a ele a minha situação. Afinal, se eu passasse mal ou acontecesse alguma coisa com o bebê, eu queria que todos soubesses e que todos estivessem prontos para lidar com isso. No horário de almoço, Cristina e eu nos encontramos na praça de alimentação, ela queria saber tudo sobre como havia sido a conversa com Derek. Ela comprou nosso almoço, pra ela, uma lasanha a bolonhesa, já pra mim, apenas salada de tomate e legumes.

— Meu amor, como está se sentindo? – ela perguntou, ainda era estranho quando ela me chamava por apelidos carinhosos, mas eu não me importava.

— Bem. Théo chutou duas vezes na sala do chefe. Quase morri de felicidade. – contei animada.

— Ele nunca chuta perto de mim. – revirou os olhos.

— Você sabe que eu odeio isso. – reclamei quando ela me entregou a marmita. – Será que podemos trocar?

— Nada disso! Meu menininho precisa comer bem pra crescer rápido. – revirei os olhos mexendo a comida e criando coragem para comer. – Me conta, e o Derek, como reagiu?

— Mal. – a expressão no rosto dela se fechou, mesmo que já esperasse essa reação, era doloroso. – Disse que não estava pronto e que não iria assumir.

— Não precisamos dele. – ela deu os ombros. – Quem precisa do fodido do Derek quando se ter a melhor cardiologista da história do Seattle Grace como melhor amiga? – ela sorriu convencida.

— Não precisamos. – concordei sorrindo de volta e esticando o braço para batermos um hi-five. – Eu só queria que a Addison estivesse aqui.

— Ela que está perdendo de viver esse momento incrível da sua vida por que é egocêntrica demais pra te perdoar. Ela ainda vai se arrepender, pode ter certeza. – tentou me confortar, mas eu já não acreditava mais naquelas palavras.

— Ainda penso nela o tempo todo. Será que ela já me esqueceu?

— Impossível. Você não é uma mulher de se esquecer tão facilmente. – eu sorri querendo realmente acreditar naquilo.

— Antes dela, eu nunca havia me apaixonado de verdade. – confessei. – Tive que me apaixonar justamente pela maior filha da puta de Seattle pra saber como todos antes dela se sentiram.

— Pense pelo lado bom, temos história pra contar. – ela deu um sorrisinho, eu concordei terminando de comer aquela salada horrível.

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No final do expediente, Cristina pediu para passarmos no shopping pois ela precisava resolver algumas coisas. A primeira coisa que fizemos foi entrar em uma loja de bebês. Eu ficava encantada com cada roupinha, sapatinho, brinquedo, ou qualquer coisa que remetesse a crianças. Claro que Cristina fez questão de presentear o bebê com um milhão de coisas. Não saímos da loja enquanto eu não prometi que voltaríamos no final de semana para montarmos o quarto do bebê.

Eu ficava extremamente feliz com aquele carinho e preocupação, a todo momento ela dizia que Théo já estava quase nascendo e não tínhamos roupas o suficiente. Era um exagero que me arrancava muitas risadas.