CAPÍTULO 7 - Encontro Com O Rei Elfo

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Adentraram um vale, guiados por Akyrius. Andaram mais alguns quilômetros a pé, não percebendo que já estavam na trilha usada pelos elfos. Parecia apenas floresta, mas de fato, um caminho que só Akyrius conhecia os estava conduzindo pelo meio das árvores.

- Elfos realmente fizeram isso? - Cain parecia incrédulo.

" Eles apenas moldaram a floresta para ter esta forma. O caminho já estava aqui".

- Incrível.

- Creio que você nunca viu um elfo, Cain? - A maga perguntou.

- Não. Não. Havia um elfo que vivia na minha aldeia. Era companheiro do meu pai e do meu tio. - Lembrou ele. - Cresci ouvindo inúmeras histórias sobre a sua raça.

Quando a noite chegou, levantaram acampamento próximo á estrada. Akyrius ficou com a primeira vigília.

- Acho que ainda não tive a chance de perguntar como é esse meio-dragão. - Cain disse em volta da fogueira.

- Há boatos que dizem que ele é um humanóide com escamas, semelhante á um réptil. Mas, o mais provável é que seja um humano, com pouco ou nada que lembre o pai dragão.

Levantaram-se cedo na manhã seguinte, acordados por Cain que estava de vigília naquela hora. Fizeram a refeição em volta da fogueira, em seguida jogaram terra sobre ela para apagá-la.

- Bem, vamos continuar.

Menos de uma hora depois depararam-se com uma procissão. Eram cerca de vinte elfos, vestidos em trajes dourados que não lhes tirava a graciosidade. Á frente do grupo, vinha um elfo em posição de destaque. Akyrius avistara a procissão de longe e fizera os outros parar.

- Saudações do povo de Elhyr, viajantes. Não esperava que humanos conhecessem as trilhas dos elfos. Mas agora, vejo que há um do meu povo no meio de vocês. - Meia dúzia de guardas se pôs entre o grupo e o seu líder quando este começou a falar.

- Vossa Majestade foi precipitada em não nós esperar. - Falou um dos guardas.

- Ah, perdão. Eu não me apresentei. Sou o Rei de Elhyr, Albion.

- R-rei..? - Hannah não era a única boquiaberta.

- O que um rei faz em tal lugar...?

- Não responda á estes humanos, majestade.

- Tudo bem, Erwyl. - O suserano tranquilizou o vassalo. - Estamos viajando em direção ao oeste para tratar de alguns assuntos que requerem a nossa atenção imediata.

- Vocês são aventureiros, eu julgo. - Ele continuou. - Espere...ah, é verdade. Lembrei. Vocês foram os três que salvaram uma cidade chamada Darmax.

- Como soube disso?

- As notícias espalham-se rápidas.

Voltou seu olhar ao meio-elfo.

- Qual o seu nome?

- É Akyrius

- Erwyl, traga aquilo.

- M-majestade, tem certeza?

Um olhar sério foi o suficiente para o soldado obedecer as ordens de seu rei. Ele voltou com as mãos estendidas trazendo um pano. Por baixo havia algo. Albion descobriu-o, revelando um arco ricamente entalhado com detalhes que representavam a cultura élfica. O rei estendeu-o ao mestiço.

- Um presente. Para os momentos em que a sua pontaria será o que manterá a morte longe dos seus amigos. É um belo arco, feito pelos melhores ferreiros para os maiores guerreiros de nossa raça. Seu nome é Sekai. Por favor aceite-o.

Akyrius pegou o arco em suas mãos, testou-o e agradeceu a generosidade do rei.

- Despeço-me de vocês aqui, viajantes. Que os deuses nos protejam á todos em nossa

viagem.

Assistiram enquanto a procissão tomava seu rumo.

- Realmente já estamos famosos, Hannah. A próxima vez que encontrarmos um rei, teremos um banquete no seu salão. Hahaha.

- E isso será apenas o começo. Ainda teremos muitas glórias.

Um par de dias haviam se passado quando o grupo finalmente alcançou a Grande Pradaria, que em seu centro abrigavam as ruínas de uma antiga cidade.

A Canção Dos MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora