CAPÍTULO 13 - AQUELAS PESSOAS
Dhankharsh. Quatorze anos atrás.
Os quatro caminhavam tranquilamente pelas amplas ruas da capital. Depois de algumas andanças pelo reino, estavam de volta outra vez à civilização. Mas isso já tinha algumas semanas e preparavam-se para deixar a cidade em breve.
- Se não fosse por mim, nós não teríamos conseguido. - Gilvius declarou.
- O seu irmão está convencido que foi por causa dele que escapamos, Keol. Diga a ele que ele está perdidamente enganado.
O guerreiro continuou o passo.
- Se dependêssemos de você ali, estaríamos todos mortos agora. HAHAHAHA! - O anão ironizou.
- Parem com isso. - Censurou Thayus.
Quando ninguém tinha mais nada a falar, entraram na taverna ... e começaram a se servir da cerveja do lugar. Antes que estivessem no segundo copo, os sinos do castelo começaram a soar.
Da colina onde estavam, eles avistaram: Milhares de goblins e hobgoblins, portando centenas de estandartes diferentes, cobriam as Colinas de Baltus, as vistas dos grandes muros da cidade.
- Logo quando estávamos de partida. - Foi o comentário de Keol.
- Talvez os deuses nos queiram aqui, afinal. - Thayus completou.
- São inúmeras tribos reunidas, trinta mil goblins, eu diria. - Era Tolven. - Dhankharsh, embora cidade de grande porte, não tem um contingente suficiente para repelir esse ataque.
- Seremos pegos no meio dessa guerra. - Observou Gilvius.
Keol virou-se para os demais.
- Venham. Quero testar algo.
As guarnições que amontoaram-se nos portões ao ver a sombra daquele gigantesco exército foi reticente para deixar o grupo passar, mas ao verem a lança de Gilvius e o machado do anão, acabaram cedendo e deixaram eles ir.
Keol contou o plano aos companheiros, que concordaram prontamente com a estratégia do amigo, embora receosos que os líderes inimigos não fizessem o mesmo.
Então, dirigiram-se para as Colinas de Baltus. À visão do elfo e do anão , os goblins começaram a xingar, cuspir e a fazer ameaças.
Keol apresentou suas intenções de encontrar-se com os generais daquele exército, para decidir o conflito de uma maneira menos sangrenta.
- Ocês não vão ver nenhum não. Daqui cês não passa. - O goblin que falou arrependeu-se amargamente ao ver um brilho sinistro nos olhos de Keol e correu imediatamente para comunicar aos seus mestres.
Momentos depois, quatro enormes bugbears apareceram. Sua altura ultrapassava facilmente os dois metros. Os olhos eram vermelhos, a pele cinza coberta por uma pelagem desgrenhada. Da boca, projetavam-se presas afiadas.
O anão não se intimidou com a chegada do quarteto.
O líder Machado de Pedra foi o primeiro a falar:
- O que raças imundas querem aqui? São muito tolos ou muito corajosos.
- Não queremos que vocês ataquem Dhankharsh. Ao invés disso, desafiamos seus quatro melhores soldados para um duelo um a um.
Aquilo inflamou os ânimos dos goblins, que não sabiam quando veriam uma matança, já que não havia sido decidido quando a cidade cairia.
- E como seria isso?
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Canção Dos Mortos
FantasyUm trio de aventureiros sai em uma jornada para recuperar a lendária espada Executora Divina, que outrora pertenceu ao paladino do Deus da Justiça. Paralelamente á isso, os lacaios do Deus da Morte, Hakai, estão comprometidos em trazer a glória para...