2. A filha das duas deusas

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POV's Rafaella.

Uma mulher, extremamente ferida.

Eu não entendia o motivo de me sentir tão afetada por aquelas palavras de Manu, mas eu sentia minha cabeça disparando com mil pensamentos, enquanto todo o meu corpo reagia aquela informação.

– Quem era essa mulher? – Gizelly perguntou curiosa.

– Não sei – Manu respondeu encolhendo os ombros – o elmo cobria o seu rosto, mas reparei que era as penas do elmo era na cor preta.

– O que é estranho – Marcela falou – a cor preta representa Hades, e há muito tempo os três grandes não podem mais ter semideuses.

– Está tudo bem, Rafa? – Gizelly perguntou chamando minha atenção.

– Sim, tudo bem – respondi – realmente é estranho, não sei o que pensar sobre isso – falei simplesmente.

– Realmente é estranho, mas possa ser que eu tenha me enganado – Manu falou já levantando da mesa – Enfim, já que a festa é só a noite, o que vamos fazer hoje à tarde? – a filha de Apolo perguntou sorrindo.

– Poderíamos ir ao shopping, estou precisando comprar algumas coisas, inclusive uma roupa para usar hoje – falei sorrindo.

– Por Zeus, você não cansa nunca de fazer compras? – Gizelly perguntou revirando os olhos.

– Filha de Afrodite... – Manu comentou rindo – mas vamos que eu também quero comprar roupas, hoje é dia de brilhar.

– Filha de Apolo... – retruquei debochada e sai em direção ao quarto de hóspedes.

Eu estava me arrumando, mas a minha cabeça ainda estava nas palavras de Manu. Eu não fazia ideia de quem era aquela mulher, mas ouvir aquelas palavras da filha de Apolo me causou uma sensação de mal estar, pois de uma coisa eu tinha certeza, a filha do deus da profecia nunca errada.

Eu só esperava que as parcas não estivessem de brincadeira comigo novamente.


[...]


A casa de Mariana já estava cheia quando chegamos, vários semideuses já ocupavam o local, e a maioria deles eram famosos. Em geral, apenas os filhos de Ares, Hefesto e Dionísio não costumavam ser adeptos a fama, os de Ares preferiam claro, as guerras, os de Hefesto preferiam a vida mais reservada, e os de Dionísio preferiam seguir os ofícios do pai, trabalhando em vinícolas.

– Rafa, que bom te ver aqui – Mari se aproximou e me abraçou.

– Mari, é bom estar aqui – falei sorrindo para a minha meia-irmã.

– Deixa eu te apresentar – Mari disse puxando uma mulher que tinha chegado com ela e agora conversava com Gizelly – essa é a Flay, filha de Hermes.

– É um prazer em conhece-la – eu disse sorrindo de forma educada.

– Por Zeus – ela exclamou – Mariana, tu disse que ela era bonita, mas ela é a própria Afrodite – a filha de Hermes falou chocada olhando para Mari.

– Não é atoa que é a preferida – Mari falou rindo e me abraçando de lado.

– É um prazer te conhecer também – Flay falou olhando para mim – acho que estou nervosa, que vergonha.

– Você é igualzinho a Hermes – comentei sorrindo – e obrigada pelos elogios.

Mari cumprimentou Manu e Marcela, elas tinham ficado mais próximas desde a minha mudança para Goiânia, e eu ficava feliz por saber que tinha pessoas de confiança ao lado da Mariana.

Filha da AnarquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora