POV's Rafaella.
– Nossa vez – Bianca falou me encarando.
Eu não sei o que a outra semideusa planejava, mas se ela achava que eu iria recuar diante dela, ela estava completamente enganada.
– Sabe Bianca, eu tive uma ideia – falei a encarando – vamos usar nossas armas verdadeiras, o que acha?
No início, decidimos usar armas de treino, ou seja, espadas ou lanças feitas com metal simples, apenas por uma questão de segurança, o que foi bom, já que algumas pessoas tinham alguns ferimentos leves.
– O quê? – Mariana perguntou espantada – Não, definitivamente não!
– Eu concordo com a Mari – Manu alternando seu olhar entre mim e Bianca – isso é loucura, lutem com armas de treino.
– E então? – ignorei as duas mulheres e mantive meu olhar fixo em Bianca.
Bianca não falou nada, apenas sorriu e entregou a espada que já estava em sua mão para Mariana, que a olhava boquiaberta. Ela começou a andar em direção ao centro do campo e eu a segui.
– Uma coisa eu preciso admitir – Bianca disse me olhando – você sabe como deixar uma vitória minha mais divertida – apenas revirei os olhos e não a respondi.
Ela retirou algum objeto do seu bolso que eu não pude identificar, e em poucos segundos aquilo se transformou em uma espada de tamanho médio na cor negra.
– É uma bela espada – eu disse observando a arma – as espadas de ferro estígio são raras.
– Presente de Ares – ela diz me olhando com um sorriso de lado
Eu retirei o anel que estava em meu dedo, e assim que o pressionei, uma espada um pouco maior do que a de Bianca surgiu em minhas mãos, era formada por dois metais, ouro imperial e bronze celestial.
– Deveríamos apostar – Bianca falou enquanto começava a se mover – quem ganhar esse duelo, assume a liderança da missão.
– Pensei que já estava claro que uma liderança única não é uma possibilidade – eu falei e comecei a me mover também.
– Medo de perder, Kalimann? – ela perguntou com um sorriso nos lábios.
– Para você? – sorri debochada – apenas cala a boca e luta, Andrade.
Em questão de segundos, a espada de Bianca descia em minha direção, mas apesar da força em seu golpe, eu consegui desviar usando a minha espada e logo em seguida contra-atacar enquanto ela se defendia com habilidade.
Após uma sequência de golpes, eu desferi um golpe na direção da carioca que a pegou de surpresa, então só conseguiu se defender em cima da hora. Nossas espadas estavam cruzadas entre nós, e ela me encarava profundamente.
– Isso é o máximo que você consegue fazer, Andrade? – perguntei rapidamente, e logo ela empurrou sua espada contra a minha, fazendo com que eu me afastasse.
– Você vai se arrepender disso – falou e percebi que seus olhos estavam mais negros que o normal.
Bianca veio em minha direção, e após alguns choques entre nossas espadas, ela me surpreendeu ao tentar dar um golpe nas pernas, e eu me defendi com dificuldade, mas não consegui desviar totalmente a tempo do golpe seguinte, apenas senti quando meu antebraço começou a queimar, e o sangue escorrer lentamente pelo ferimento.
Por alguns segundos, eu imaginei ver um olhar de preocupação em Bianca, mas não durou muito, já que imediatamente eu parti para cima da filha de Ares, a pegando de surpresa e causando um ferimento perto de seu ombro esquerdo.
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Filha da Anarquia
FantasyRafaella Kalimann é uma das maiores influenciadoras do país, além de uma das semideusas mais poderosas, sendo filha das deusas Afrodite e Atena. Quando ela é convocada para uma missão, conhece Bianca Andrade, filha do deus da guerra, Ares. A disputa...