8. Revelações

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POV's Rafaella.

– Então, já pode responder – Bianca falou me olhando depois que fiquei em silêncio por um tempo.

– Bianca – eu falei suspirando – por favor, pergunta qualquer outra coisa, mas não isso – peço me sentindo sufocada – não me faz responder isso, por favor.

– O juramento foi feito, Rafaella – ela com os olhos cravados em mim – para eu desistir do que eu quero, eu tenho que saber a verdade sobre isso.

– Por Hades, por que logo isso? – eu pergunto e fecho os olhos.

– Porque algo me diz que eu preciso saber disso, e... – a fala de Bianca é cortada.

– Rafa, você precisa vir, agora – Gizelly apareceu ofegante na porta que dava acesso a área externa – a Manu... – ela não terminou de falar.

– Vamos ver o que houve – Bianca falou levantando junto comigo.

Eu não podia correr, pois meus pés ainda estavam um pouco molhados, mas isso não me impedia de andar o mais rápido possível. Assim que cheguei no quarto das filhas de Apolo, Manoela estava deitada na cama, enquanto Marcela a observava. A menor estava inquieta, de olhos fechados enquanto pronunciava algumas frases desconexas.

– Eu já tentei acordar ela algumas vezes, mas não consigo – Marcela me olhou apreensiva.

– Manu, acorda – eu a chamei enquanto sentava ao seu lado na cama.

Assim que toquei em seu rosto, ela abriu os olhos de imediato, me fazendo assustar e recuar do toque.

– Você – ela disse quase sem fôlego – traição.

– Manu, se acalma – Marcela disse enquanto eu apenas olhava o rosto da semideusa – respira, e então você tenta falar.

– Certo – ela disse depois de alguns minutos de total silêncio no quarto – eu comecei a ter uma espécie de visão, mas estava tudo tão confuso – ela disse e direcionou seu olhar para mim – você estava com a Bianca, e de repente uma espécie de névoa preta começava a surgir onde vocês estavam, lágrimas caiam dos seus olhos.

– O que isso quer dizer? – Bianca perguntou olhando de forma confusa para a cantora.

– Eu não tenho certeza, mas eu acho que alguém vai tentar criar conflito entre vocês – Manu falou suspirando – e a intenção disso tudo vai ser machucar a Rafaella.

– Isso não pode ter algo a ver com a profecia? – eu perguntei ainda em dúvida.

– Não – ela respondeu e olhou para as próprias mãos – ninguém está conseguindo ter visões sobre isso, nem mesmo meu pai.

– Certo, então como se não bastassem os outros problemas, ainda tenho que lidar com alguém que não sei quem é, tentando criar conflitos onde já tem o suficiente – Bianca fala passando a mão pelos cabelos – eu preciso pensar.

A filha de Ares saiu do quarto, me deixando apenas com as duas filhas de Apolo e a filha de Hermes, que até então estava calada.

– Precisamos redobrar os cuidados aqui dentro – quando Gizelly falou, seu tom de voz era sério.

– Iremos fazer isso – falei suspirando.

Ainda ficamos conversando por alguns minutos, antes de descermos para tomar o café da manhã. Mari e Flay tinham terminado o que eu comecei mais cedo, e em poucos minutos estávamos todos sentados a mesa. Com exceção de Bianca, Manu e eu, todos os outros conversavam animados sobre a visita que faríamos amanhã ao acampamento, afinal, a maioria dos que estavam aqui já tinham frequentado aquele acampamento.

Filha da AnarquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora