25. Sentimentos

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POV's Narrador.

Já haviam se passado cinco dias desde o fatídico dia da batalha. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente para Bianca e Rafaella. As duas mulheres tentavam lidar com um acumulo de sentimentos que só estavam se permitindo entender esses dias, e isso acabava sendo confuso para as duas.

Rafaella, além de lidar com os seus sentimentos por Bianca, ainda precisou buscar o perdão, não que ela precisasse do perdão de alguém, pelo contrário, ela precisava perdoar a traição de uma pessoa que considerava uma de suas melhores amigas, para então seguir sua vida. E claro, ainda precisava apoiar Manoela, que aos poucos, estava conseguindo passar por tudo aquilo.

Desde o retorno de Mariana, Gizelly e Flayslane, as seis semideusas se uniram ainda mais, e passaram todo o tempo se atualizando de tudo o que aconteceu entre elas, ou melhor, quase tudo, pois o romance entre Bianca e Rafaella, por mais que fosse especulado por elas, ainda estava em segredo. A filha de Ares precisava lidar com tudo o que sentia, e preferia fazer aquilo sozinha, por tanto, os momentos que teve com Rafaella ainda eram raros.

A maioria do grupo estava reunido na sala, todos prontos para seguir para a festa que teria no acampamento. Há dois dias, ocorreu uma cerimônia de sepultamento para todos aqueles que perderam suas vidas na batalha. Mas agora seria hora de comemorar a vitória.

– Pelos deuses, como essas duas demoram – Gizelly falou irritada com o atraso de Mariana e Rafaella.

– São filhas de Afrodite, o que você esperava? – Petrix comentou sorrindo, e fazendo Bianca revirar os olhos.

– Finalmente – Flay falou quando viu Mariana aparecendo na sala – mas cadê a Rafaella?

– Ainda não está pronta – a filha de Afrodite respondeu e foi em direção a Gizelly.

– Afrodite que me perdoe, mas você está a mulher mais linda desse universo – a filha de Hermes falou antes de beijar Mariana.

Era tradição nas festas do acampamento se vestirem com peças que lembrassem a Grécia antiga, então todos vestiam túnicas gregas com cores que representavam os seus olimpianos de quem eram filhos.

– Certo, cansei de esperar, vou atrás dela – Bianca falou e foi em direção ao quarto onde Rafaella se arrumava.


POV's Bianca.

Assim que parei na frente do quarto onde Rafaella estava, respirei fundo e bati rapidamente na porta, logo ouvindo uma permissão para entrar.

– Oi – falei colocando apenas a cabeça para dentro do quarto e ela não estava lá – Rafaella?

– Entra, Bia – ela gritou e eu entrei – estou aqui no banheiro.

Fechei a porta e sentei na cama enquanto esperava por ela. Estava distraída arrumando o tecido da minha túnica quando ela voltou para o quarto.

– Pelos deuses – foi a única coisa que saiu da minha boca no momento que a olhei, ela estava ainda mais linda, e eu que achava que isso não era possível.

– O que foi, Bia? – ela perguntou envergonhada.

– Você – falei enquanto olhando a olhava dos pés à cabeça – eu.. uau – eu me sentia uma idiota por não conseguir formular uma frase decente – meu Zeus.

– Gostou? – ela tinha um tímido sorriso nos lábios – eu não sei, acho que não estou gostando dessa roupa.

– Rafaella – falei ficando de pé enquanto encarava a imensidão verde dos seus olhos – você está incrivelmente linda – me aproximei até poder tocar o seu rosto, a fazendo fechar os olhos ao sentir o meu toque – eu queria ser boa com as palavras para poder te fazer entender pelo menos um por cento do que eu estou pensando agora, mas eu não consigo, então só me resta dizer que tu é definitivamente a mulher mais linda que já existiu.

Filha da AnarquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora