17. Batalha pelo Olimpo

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POV's Rafaella.

Despertei e a primeira coisa que percebi foi que eu estava abraçada com alguém, e logo em seguida, o cheiro doce invadiu meu olfato, era Bianca. Antes de me mover, abri os olhos lentamente, e vi que ela ainda dormia, mas eu sabia que acordaria quando eu tentasse levantar, já que minha perna estava presa entre as suas.

Eu olhava a semideusa dormindo, ela parecia tão tranquila, quase não lembrava a Bianca que em certos momentos tinha chamas ardentes no fundo dos olhos castanhos. Um debate interno era travado dentro de mim, acordar Bianca e lidar com um possível gelo igual ocorreu na primeira vez, ou fingir que ainda estou dormindo e deixar ela sair primeiro, evitando qualquer constrangimento?

– No olimpo não te ensinaram que é feio ficar olhando as pessoas dormindo? – Bianca perguntou com a voz rouca e eu me assustei.

– Pelos deuses, Bianca, você quase me mata do coração – falei e só então me dei conta de que ainda abraçava o seu corpo, então me afastei – e desculpa, eu não sabia como sair sem te acordar.

– Sem problemas – ela falou esticando o corpo – quer tomar banho primeiro?

– Pode ser – respondi, mas minha mente só processava o fato de que ela não estava surtando, isso era definitivamente um milagre.

Novamente o quarto estava vazio, e enquanto tomava banho, eu apenas ria pensando nas coisas que provavelmente ouvíramos das meninas nos próximos dias, principalmente de Flayslane.

Aproximadamente quarenta minutos depois, eu e Bianca chegávamos no andar inferior, e aquilo estava um caos completo. Vários semideuses estavam espalhados na área externa, na sala, na sala de jantar, e finalmente encontramos as cinco meninas reunidas na cozinha.

– Pelos deuses, isso aqui está um caos – falei assim que nos aproximamos – bom dia.

– Bom dia casalzinho – Flay falou sorrindo e levou uma tapa de Gizelly – o que foi? Falei alguma mentira?

– Que casalzinho, Flay? – Bianca perguntou e notei o nervosismo em sua voz – você está viajando.

– Infelizmente, eu não estou viajando – ela disse e sorriu – e nem dormindo de conchinha com ninguém.

– Flay, deixa elas em paz – Mari falou rindo e eu me segurava para ficar séria.

– É Flay, deixa elas – Gizelly falou – só porque estão dormindo agarradinhas todos os dias, não significa nada né.

– Eu não durmo de conchinha com minhas amigas não, viu – Manu falou sorrindo e eu revirei os olhos.

– Acabaram? – perguntei e andei até a geladeira – ótimo, agora licença que preciso comer algo.

– Vai fazer o café da manhã do casal, que fofo – Flay falou e recebeu outro tapa, dessa vez de Bianca – porra, Bianca, que mão pesada você tem.

– Imagina na hora do sexo – Marcela falou e todas começaram a rir.

– Por Zeus, são sete e meia da manhã, será que vocês podem parar? – perguntei irritada, e percebi que Bianca não estava com uma cara muito boa.

– Desculpa – todas murmuraram enquanto se olhavam.

– Mas para quem não gostava de dormir de contato na hora de dormir, parece estar amando a conchinha – Gizelly falou e saiu correndo, sendo seguida por todas as meninas.

Assim que saíram, Bianca começou a rir e eu a olhei confusa, afinal, há alguns segundos ela não parecia muito feliz.

– É incrível ver o quanto elas têm medo de você – ela disse ainda rindo – e melhor que isso, é ver a sua cara quando elas fazem alguma piadinha.

Filha da AnarquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora