Ele é meu

Capítulo 11 - O Fogo

Timothée Narrando.

Foi impossível adormecer durante a noite, a cabeça não parava de pensar no quanto a minha vida tinha melhorado nos últimos tempos, parece que tudo não passa de um sonho e o meu maior medo neste momento é o de acordar.

Quando a minha mãe me veio acordar eu já estava acordado, bem... Tecnicamente, quem não foi dormir não pode acordar.

- Bom dia... Estranho, normalmente preciso de te arrastar da cama para acordares. - disse a minha mãe abrindo as cortinas.

- Bom dia, hoje não é um dia como todos os outros, tive uma noite muito bem passada. - falei sorridente.

- E acordaste de bom humor. Das duas uma, ou a cama é muito confortável ou caiu um santo do altar.

- Quanto ao santo eu não sei mas a cama é muito boa.

- Hmm, espero que não tenhas andado a aprontar nada. - ela falou um pouco desconfiada, o que me fez sorrir, ser um "menino mau" me fazia sentir bem. Quem diria que um garoto como eu iria enfrentar todos os ideais da sociedade sem que ninguém desse por isso?

Não vejo a hora de estar sozinho com o Edward novamente, já sinto saudades dos seu lábios... Do seu abraço.

- Não mãe, não fiz nada que não devesse. - falei mordendo o lábio com um sorriso inconsciente e a minha mãe acabou por notar.

- Timothée... Espero que não tenhas cometido nenhuma loucura.

- Ainda sou virgem se é isso que quer saber mãe.

- Não foi isso que eu insinuei mas confesso que fico aliviada.

- Preciso de tomar um banho.

- O café da manhã vai estar servido às 9 horas no jardim, não te atrases.

- Certíssimo. - falei e apenas obtive o som da porta a fechar como resposta.

Retirei a panela da lareira do banheiro e coloquei a água quente dentro da banheira.

Cada um dos meus músculos relaxou durante aquele banho morno, os meus pensamentos eram tão impuros que chegavam a me assombrar, desejava ter o Edward comigo dentro daquela banheira, me tocando... Em cada centímetro da minha pele.

O meu pau ficou ereto apenas com o pensamento de o ter despido e colado a mim, peguei nele e comecei leves movimentos... A sensação era inigualável, nunca tinha experimentado nada tão gostoso. Meu deus, eu estou corrompido pelo pecado, eu iria para o inferno... mas quem quer saber da punição quando o crime é tão bom?

Edward Narrando.

O travesseiro era a minha única companheira, mas a companhia que eu desejava era outra, adormeci com um sorriso no rosto e mesmo parecendo cliché... Eu sonhei, no meu sonho eu via dois homens de mãos dadas, dois homens felizes e mais importante ainda, dois homens que se amavam numa casa simples de campo... Assim eles perceberam que a única coisa que verdadeiramente necessitavam era um do outro, não havia ouro nem poder no mundo que pudesse calar o seu amor um pelo outro.

Seria esse o meu destino? Perder o meu trono, a minha herança? Não posso ter a certeza mas o meu instinto me dizia para seguir o conselho do Timothée e agir com precaução, não correr riscos desnecessários. Mais cedo ou mais tarde teríamos de enfrentar os nossos problemas cara a cara mas por enquanto iríamos ser o mais cautelosos possível.

Timothée Narrando.

Vesti as minhas roupas e segui para o jardim onde apenas o príncipe Albert se encontrava lendo um livro enquanto esperava por todos.