Capítulo 13 - Amor

300 37 18
                                    

Edward Narrando

Estava sufocando de desejo fechado entre as paredes do meu quarto, seria arriscado demais se eu fosse até ao quarto do Timothée apenas para poder voltar a beijar os seus lábios? Não sei, talvez, mas eu sempre fui um homem impulsivo, preciso de obter o que eu desejo a qualquer custo.

Me levantei do sofá e saí pela porta do meu quarto mais rápido do que o vento, a cada passo que eu dava, pedia aos céus que ninguém me parasse a meio do caminho, nunca fui muito bom mentiroso e não saberia o que dizer caso me perguntassem onde eu me dirigia.

Bati na porta do seu quarto e olhei ao meu redor para ver se não estava ninguém no corredor. Ele logo a abriu e o seu rosto nunca me parecera tão lindo como agora.

- Edward. - ele sussurrou com um sorriso, talvez feliz por me ver.

- Estás sozinho? - perguntei espreitando para dentro do seu quarto e voltando a olhar à minha volta.

- Sim, porquê? - ele perguntou mas eu não respondi, apenas entrei, empurrei o seu corpo à porta com o meu e uni os nossos lábios enquanto trancava a fechadura.

As minhas mãos se preenchiam com pecado ao tocar a pele das suas nádegas por debaixo das calças. O meu pau se erguia em pedido do desejo que eu sentia por ele e o seu roçava, igualmente duro, no meu.

As suas pernas se envolveram na minha cintura e eu segui com ele ao meu colo para a sua cama, me deitando em seguida por cima dele e deixando que os pensamentos mais impuros invadissem a minha mente.

Timothée Narrando.

Cada toque seu era como um pedaço de paraíso para mim, eu o amava e iria me entregar de corpo e alma por mais doloroso que fosse, eu apenas lhe queria dar prazer e fazê-lo o homem mais feliz do mundo.

Ele começou a despir a minha camisa, passando as suas mãos de leve pela minha pele e deixando a ardência do desejo no seu lugar.

Despi o seu casaco e coloquei as minhas mãos por baixo da sua camisa, ele era um homem atlético e não havia qualquer dúvida disso, a sua barriga ligeiramente definida não tinha como enganar.

Tudo estava perfeito... Até que bateram à porta.

- Merda. - sussurrei nervoso e o Edward sorriu por me ouvir dizer um palavrão. - vai te esconder.

- Onde?

- Debaixo da cama, sei lá. - falei e ele assim fez, atirei o seu casaco lá para baixo e vesti o meu roupão de quarto para esconder a minha erecção.

Abri a porta e era o príncipe Albert.

- Timothée, peço desculpa, não sabia que estavas a descansar.

- Não tem problema, precisa de alguma coisa? - perguntei tentando recompor a minha respiração ainda um pouco ofegante.

- Sim, na verdade precisava de falar contigo sobre um assunto, não sei ao certo o porquê mas gostava de saber a tua opinião.

- Certo...

- Posso entrar?

- Hm, claro. - disse com receio que ele encontrasse o seu filho debaixo da cama. Ele entrou e foi se sentar no sofá em frente à janela. Pelo menos estava de costas para a cama. - Sobre o que quer falar? - perguntei me sentando ao seu lado.

- Sobre o meu filho Edward.

- Há algum problema? - perguntei tentando disfarçar o meu desconforto.

- Ele tem andado um pouco estranho, sempre com a cabeça na lua, quando estamos todos juntos na sala ele fica apenas sentado olhando para a lareira, eu queria perguntar se sabes de alguma coisa, temo que ele não esteja bem.

- Não sei senhor, penso que não seja nada grave, quando falo com ele tudo me parece estar bem.

- Não... Há algo que o preocupa, eu sinto. - oh merda, e se ele descobrir sobre nós.

- Acredito que ele tenha muitas coisas que o preocupem... Ele vai ser rei, a sua vida já estava planeada antes mesmo de ele nascer e talvez ele tenha receio de não corresponder às expectativas das outras pessoas. Todos nós precisamos de apoio mas ele talvez precise mais do que todos nós, a sua vida a qualquer hora vai mudar, ele vai precisar do suporte de todos nós para se tornar um grande rei e acima de tudo um grande homem..

- Talvez tenhas razão, é sempre bom falar contigo, parece que sabes sempre o que dizer.

- Eu tento ajudar, o melhor que puder.

- Não te vou incomodar mais, podes voltar a descansar se quiseres. - ele disse com um sorriso.

- Obrigado senhor.

- Não, obrigado eu. - falou e saiu fechando a porta, corri até à mesma e rodei a chave.

- Isto cortou o clima. - o Edward falou saindo debaixo da cama com uma expressão que demonstrava tudo menos felicidade.

- Eu sei, desculpa se disse algo que não devia.

- Não, tu estiveste muito bem, o meu pai gosta de ti. Ele pensa que serás a minha salvação quando eu for rei... Talvez até sejas. - ele disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e beijando os meus lábios em seguida.

- Eu vou estar sempre ao teu lado, serei sempre teu, na saúde e na doença...

- Na alegria e na tristeza... - ele falou me completando.

- Até que a morte nos separe. - falei e uma lágrima escapou pelo canto do seu olho.

- Porque é que o nosso amor tem de ser tão difícil? - ele perguntou e começou a soluçar, chorando um mar de lágrimas e se jogando nos meus braços.

- Porque Deus assim quis, mas nós não somos pessoas que desistem, nós somos fortes e tenho a certeza que juntos podemos derrubar todos os muros e barreiras do mundo. - disse colocando as minhas mãos no seu rosto,  olhando no fundo dos seus olhos e limpando as suas lágrimas.

Eu precisava de lhe transmitir toda a confiança do mundo, mesmo que eu estivesse tão inseguro quanto ele, ao amá-lo eu fiz a promessa de estar lá para o erguer nos seus momentos mais baixos, de o fazer sorrir nos momentos de tristeza e de limpar as suas lágrimas sempre que ele chorasse. Muitos dizem que homens de verdade não choram... Pois bem, eles estão errados. Um homem de verdade é emotivo, um homem de verdade ama, um homem de verdade sente compaixão, felicidade, tristeza... Todos os homens que não se permitem sentir já morreram muito antes de estarem mortos.

Albert Narrando.

No meu coração estava uma lâmina, eu não queria acreditar no que ouvira mas os meus ouvidos não tinham como me enganar... sempre quis o melhor para os meus filhos, a melhor educação, os melhores princípios, a melhor reputação mas de que valem todas essas coisas quando não se ama, quando não se sente?

Sempre me considerei um homem tolerante... À frente do meu tempo e, mesmo com lágrimas a descer pelos meus olhos, eu digo que apenas quero que os meus filhos sejam felizes porque isso sim, isso é O MELHOR para eles. Eu os amo mais do que tudo. Ouvir um filho chorar, saber o motivo do seu sofrimento e não puder fazer nada era asfixiante.

Nunca esperei que isto acontecesse, o que julgava ser apenas uma boa amizade não era nada menos que um amor que ardia até no meio das maiores tempestades... Eles se amavam, o que vou dizer vai me rasgar o coração em mil pedaços... Nunca iria ver o meu filho se casar com uma mulher, ele nunca me iria dar netos mas o que mais me magoa é que ele nunca poderá mostrar ao mundo o quanto é feliz. Eu estava determinado e iria levar este segredo comigo até à minha cova, ele é meu filho e apesar da sua escolha eu o amo.

Farei tudo para o proteger... enquanto eu for vivo nada de mal lhe acontecerá.

Oi genteeeee, gostaram? Não se esqueçam de votar ⭐ e comentar. Beijos e abraços. ❤️

Ele é meuOnde histórias criam vida. Descubra agora