Edward Narrando
Procurei pelos meus pais pelo castelo e acabei por os encontrar no escritório, um pouco eufóricos enquanto reviam alguns documentos, era como se eles tivessem encontrado o pote de ouro no final do Arco-íris.
- Posso saber qual o motivo de tanta agitação?
- Edward?! Entra e fecha a porta. - o meu pai pediu e assim fiz.
- Sabes aquele problema do qual nos falaste? - perguntou a minha mãe.
- Claro que me lembro. O que tem?
- Acredito que o possamos resolver.
- A sério? - perguntei esperançoso.
- Sim, graças ao Timothée. Ele surgiu com uma ideia brilhante, tudo o que precisávamos era de controlar os preços dos bens tendo em conta o lucro do povo, só agora nos apercebemos que os preços nunca foram proporcionais com as posses da população.
- Então e o que decidiram fazer?
- Bem, inicialmente estamos a pensar estabelecer preços máximos, inferiores aos que estão em vigor para o trigo e para o pão, apenas para ver se a teoria do Timothée se verifica.
- Com que propósito?
- Se o preço do trigo diminuir, o padeiro poderá comprar mais trigo e produzir mais pão, o preço do pão diminui, as pessoas passarão a comprar mais pão e assim, além de salvaguardar-mos os negócios do nosso país também acabamos com a fome do povo.
- Isso é muito bom. - falei sorridente, além de podermos dar uma vida melhor aos nossos súbditos e mantermos os negócios nacionais funcionais, isto significava que o Timothée finalmente tinha provado o seu valor. Estava orgulhoso dele e diria-lho em pessoa assim que tivesse oportunidade. - Eu sempre disse que ele era brilhante.
Timothée Narrando
Muitos dos empregados do palácio estavam a fazer limpeza no salão de baile para o baile de amanhã, iríamos receber a família real da Dinamarca, algo sobre uma aliança qualquer, não sei ao certo do que se trata.
Eu estava encarregue de distribuir panos de limpeza a todos os funcionários e de colocar novas velas nos candelabros, logo eu que tinha medo de alturas.
- Thimothée, posso falar consigo? - perguntou Edward que se encontrava junto à base da escada.
- Claro que sim alteza. - falei começando a descer a escada e um dos meus pés escorregou, felizmente o príncipe me segurou a tempo pela cintura. - Muito obrigado.
- Siga-me por favor. - ele falou, eu sabia perfeitamente o motivo de ele estar a falar assim comigo, havia outros empregados ao nosso redor e eu não queria que eles começassem a inventar boatos apenas por sermos amigos, então decidimos que em frente aos outros iríamos manter uma relação 100% profissional.
Segui o príncipe pelo castelo até aos seus aposentos e quando lá chegámos ele trancou a porta, confesso que estava a ficar um pouco nervoso.
- Está tudo bem?
- Está tudo muito bem, muitos parabéns. - ele falou e num impulso me abraçou, no inicio foi estranho mas logo correspondi ao abraço e confesso que ambos perdemos a noção do tempo ali nos braços um do outro, a falar sem palavras. - Estou orgulhoso de ti.
- Muito obrigado mas não fiz nada de especial.
- Preciso de te fazer uma pergunta.
- Claro, se eu souber responder.
- Não é uma pergunta que envolva conhecimento, pelo menos não diretamente.
- Está bem, então é sobre o quê?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ele é meu
Algemene fictieTimothée é um jovem sobredotado cuja família emigrou de França para o Reino unido, o seu pai se tornou guarda do palácio real e a sua mãe a estilista pessoal da rainha. Ele sentia que estava destinado a ser muito mais que um simples empregado e ansi...