Capítulo 12 - O Mar

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Timothée Narrando

O clima do café da manhã foi intenso, felizmente todos estavam demasiado distraídos para notar todas as vezes que eu e Edward nos olhávamos discretamente com desejo.

Depois de comer segui para o meu quarto, vesti uma roupa leve e segui para a praia, era ainda mais próximo do que pensei... Aquele lugar era sem dúvida alguma o paraíso na terra. Descalcei os meus sapatos, me deitei no areal e fechei os olhos, me limitando a ouvir todos os sons da natureza, o vento que soprava na intenção de levar os navios do mundo muito mais além, o som das ondas que desejavam se apoderar do areal e o som das gaivotas que voavam livres pelo céu.

Ouvi passos seguir na minha direção e logo me apercebi que era Joseph, um dos guardas, quando ele chamou pelo meu nome. Abri os meus olhos e tomei um susto quando me apercebi que o homem tinha acabado de sair completamente nu do oceano e a sua anaconda estava demasiado perto do meu rosto.

- AAAAA JOSEPH. - gritei colocando a minha mão à frente dos meus olhos. - Que susto, mas de onde é que tu apareceste?

- Do mar, o meu turno acabou e senti vontade de vir tomar um banho.

- Não te vi chegar.

- Isso foi porque eu já aqui estava antes de ti. - ele falou apontando para as suas roupas que estavam em cima de uma rocha.

- Ah... Se não te importas acho que te devias vestir.

- Porquê?

- Porque sim.

- Ai Timothée, sempre foste tão fresco, caga nas frescuras da sociedade. Foi assim que viemos ao mundo.

- Talvez, mas as roupas foram inventadas por algum motivo.

Ele me pegou ao colo como se eu não pesasse mais que uma pena e seguiu em direção ao mar.

- O que é que estás a fazer? - perguntei desconfiado. - Põe me no chão.

- Está bem. - falou me largando dentro de água.

- AAAAAAA, eu vou te matar. - disse assim que subi à superfície.

Edward Narrando.

Eu e a minha mãe decidimos caminhar junto à arriba que se estendia ao longo da praia.

- Edward, como tens passado meu querido?

- Bem mãe, não tenho tido motivos de queixa a nível pessoal.

- Isso é bom.

- Quando fui com o Timothée à cidade eu fiquei horrorizado mãe, eu vi ruas em decadência, vi gente cuja roupa não passava de trapos e vi crianças a morrer de fome, não estou de qualquer forma a questionar o seu trabalho enquanto rainha mas espero que a situação esteja a melhorar.

- Sim, graças ao Timothée, ele será uma grande ajuda no desenvolvimento deste país, pelo que sei as ruas ainda continuam sujas mas o povo já não passa fome o que é muito bom.

- A mãe acha que eu vou ser um bom soberano para o nosso povo?

- Não tenho qualquer dúvida disso, apenas não te podes esquecer do que é realmente importante.

- E o que seria isso.

- O bem estar daqueles que têm fé em ti, daqueles que olham para ti como um líder... O teu povo.

- Eu irei dar o meu melhor, prometo mãe.

- Eu sei que sim.

- AAAAAAA, eu vou te matar. - ouvi a voz do Timothée gritar à distância.

Ele é meuOnde histórias criam vida. Descubra agora