Capítulo 16 - Cambridge

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Timothée Narrando.

As minhas malas já estavam nas traseiras da carruagem que me iria levar para Cambridge e todos estavam aqui para se despedirem de mim, todos menos o Edward. Acredito que não iríamos conseguir dizer adeus sem um único beijo então fizemos as nossas despedidas depois que saí do meu banho.

- Meu querido, espero que corra tudo bem na universidade, sei que nos vais deixar muito orgulhosos. - a rainha disse com um sorriso no rosto e segurando as minhas mãos.

- Eu irei dar o meu melhor alteza.

- Eu sei que sim. Quem sabe não encontres o amor por lá. - ela disse ingénua... se ela soubesse o quanto eu venero o filho dela, provavelmente iria me querer ver o mais longe daqui possível.

- Victoria, ele ainda é muito jovem, tem muito tempo para isso. - disse o seu marido com um sorriso fechado.

- Tudo bem. - ela disse levantando as suas mãos em rendição e eu apenas sorri. - Não vamos mais ocupar o teu tempo, espero que seja tudo maravilhoso e quando quiseres manda notícias.

- Claro, e eu também irei a Cambridge entretanto então posso aproveitar para também trazer novidades. - o seu marido sugeriu.

- Isso seria ótimo. - respondi.

- Nos veremos em breve, vamos dar espaço para os pais se despedirem Vitória.

- Adeus Timothée, boa viagem.

- Obrigado. - respondi e eles subiram as escadas de volta para dentro do palácio.

- Timmy, eu e a tua mãe estamos tão orgulhosos de ti. - o meu pai disse com lágrimas nos olhos, nunca em toda a minha vida tinha visto aquele homem chorar. Talvez ele não fosse tão insensível como eu pensei.

- Pai, não chore. - o abracei e ele correspondeu me apertando com força.

- Ainda ontem eras apenas um menino e hoje és um homem lindo e inteligente a conquistar o seu sonho.

- As crianças crescem pai, mais cedo ou mais tarde temos de seguir com a nossa vida.

- Tu tens um futuro brilhante à tua frente, eu sinto e eu não podia estar mais feliz por poder fazer parte da tua vida.

- Eu também fico feliz que assim seja.

- Por favor vai nos escrevendo, quero pelo menos uma carta por mês. - a minha mãe disse preocupada.

- Eu vou ficar bem mãe, prometo, vou sentir saudades vossas. - falei os abraçando ao mesmo tempo.

- Nós também. - ela disse com voz chorosa. - Que Deus te proteja.

- Ele vai proteger... tenho de ir, o diretor vai estar à minha espera para me receber e não me quero atrasar.

- Tudo bem. - ela falou engolindo o choro para que eu não visse as suas lágrimas.

- Nós te amamos muito. - o meu pai disse colocando a mão no meu ombro e fixando os seus olhos nos meus.

- Eu também, adeus. - falei os abraçando uma última vez e entrando na carruagem que logo começou a andar. Ao passar em frente do palácio pude ver Edward que observava pela janela do seu quarto a carruagem partir, com lágrimas nos olhos, não retirei os meus olhos dos seus um único momento e segurei o colar que ele me tinha oferecido... lhe fazendo a promessa de nunca o esquecer por um único momento que fosse.

A viagem foi longa e extremamente aborrecida, passar horas dentro de uma carruagem sem qualquer entretenimento era tedioso, acabei por adormecer e só acordei quando estávamos quase a chegar. Esfreguei os olhos, dei um jeito no cabelo e esperei a carruagem parar em frente à faculdade que era sem dúvida alguma um dos edifícios mais bonitos que já tinha visto.

Ele é meuOnde histórias criam vida. Descubra agora