Capítulo 12 - Magic Fairy, parte 2

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"Não estou pedindo para você
mudar a sua essência,
estou pedindo para mudar a sua consciência.
Tem noção de qual caminho está percorrendo agora?
De certo, aparentemente longo e tortuoso,
mas é na dor que você descobre
o quão forte podes ser sua fé,
e até você mesmo."
Rayssa Gomes.

Fiquei paralisada por alguns segundos, fitando aquela menina com asas de fada. Vamos, vamos, acorde desse pesadelo AGORA, MARINETTE DUPAIN-CHENG! DESPERTA! DESPERTA! Porém, a cada minuto que passava, eu via que estava mesmo acordada. E enfrentando... Enfrentando a... Minha filha...

- Você... Você tá blefando! É c... Claro! Quer... Quer me afetar, mas você não vai fazer isso comigo! - falei firmemente para ela, enquanto me afastava.

- Esse é o seu problema, mamãe, você vive me dizendo isso, vive me dizendo que as coisas que eu faço são besteiras, nunca acredita nos meus planos, nos meus sonhos... Você rejeita tudo o que eu faço!

Cat Noir se aproximou de Magic Fairy e a olhou carinhosamente.

- Ei! - ele a chamou. A garota voltou-se para ele e sorriu tristemente. - Vem aqui!

A menina pousou no chão e foi lentamente na direção de Cat Noir. Pisquei bem devagar nesse período de tempo. Estava vendo se a fada iria atacá-lo ou não, no entanto, ela se jogou nos braços dele e começou a chorar.

- Calma, vai ficar tudo bem, eu prometo pra você. Você vai ficar bem... - dizia Cat, enquanto acariciava os cabelos dela.

A menina continuou abraçada com ele por alguns minutos, até que se desvincilhou de seus braços e enxugou seus olhos sozinha.

- Qual é o seu nome? - perguntou Cat Noir.

- É... É Emma... Mas, eu não posso falar meu sobrenome, você não pode descobrir quem é o meu pai, haha!

- E por que? Por acaso... - Cat Noir olhou de soslaio para Emma, que sorriu timidamente e revirou os olhos.

- Sempre bobo, né, pap... Quer dizer, Cat Noir?

- Que bom saber que no futuro terei uma fã devota! - o super herói piscou para ela.

- Haha, você é mesmo uma piada ambulante! - Emma se afastou dele e voltou a voar. - Porém, eu tenho um trabalho a fazer.

Cat Noir olhou desesperadamente para mim, que consegui finalmente me mexer e falar alguma coisa.

- Ma... Mas Emma, não precisamos brigar! Desista dessa ideia de tentar pegar nossos Miraculous! - falei para ela, que apenas balançava a cabeça negativamente.

- Você acha que eu não consigo ser super heroína, e agora acha que eu não consigo ser uma vilã? Você nunca acredita nos meus sonhos!

Pulei em cima de um carro para tentar ficar mais perto dela.

- Olha, Emma, eu não sei o que te falei, mas, releva, ok? Com certeza eu não disse por mal! Talvez eu não saiba reconhecer os seus talentos, talvez eu esteja tentando te proteger... Uma mãe nunca duvida dos próprios filhos, jamais!

- Claro, do Louis e do Hugo você nunca duvida, afinal, o Louis é super inteligente e desenhista e o Hugo toca piano lindamente. Quanto a mim??? Só sei fazer um rascunhos inúteis de músicas que nunca vou tocar e nem publicar porque minha voz é horrorosa e não sei tocar nenhum instrumento musical! Eu sou a vergonha da família!

Senti meu coração se despedaçar com aquelas palavras. Eu podia sentir a frustração dela por não ser quem queria ser realmente. Me senti péssima com aquilo.

Será que eu posso AMAR VOCÊ?Onde histórias criam vida. Descubra agora