Capítulo 26 - Agora, sou só eu

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"Se eu soubesse que você ia partir
Teria deixado você morar
Dentro do meu coração
Por mais tempo."
Rayssa Gomes

Eu sabia que a interferência do meu pai na minha vida não ia me fazer bem, tanto na minha vida pessoal quanto profissional, quando eu sou o Cat Noir. Eu sabia que ele iria me perseguir, que ele iria fazer de tudo para me colocar sob os padrões dele. Paris não deveria sofrer por minha causa. Ladybug não deveria sofrer por minha causa. Eu não podia fazer aquilo com ela. Iria entregar o meu Miraculous. Era a melhor decisão a se fazer.

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Mais um akumatizado. Derrotamos ele quase que facilmente, apesar dos vilões de Halk Moth estarem cada vez mas fortes. Eu e Ladybug entramos dentro do hotel Le Gran'd Paris, do prefeito Bourgeios, pois eu ia me transformar em breve.

- Dia difícil, né? - perguntou Ladybug, sorrindo para mim de canto de boca.

- É, mas com você tudo fica mais fácil! - pisquei para ela, que desviou o olhar com o rosto vermelho.

- Eu precisava mesmo falar com você.

Ladybug parou na minha frente, mostrando uma das mãos aberta.

- O que foi?

Ela suspirou profundamente e então me olhou fixamente.

- Eu... Eu cheguei a uma conclusão sobre a gente nesses últimos tempos.

Meu coração acelerou.

- O que?

- Não... Não nesse sentido de casal, ma... mas... Profissional. Acho que tá na hora de sabermos nossa identidades secretas.

- O que??? - um temor começou a cobrir meus pensamentos. - Por que?

- Devemos confiar um no outro, a luta contra Halk Moth vai ficar muito pior nesses tempos e nós precisamos ser um o sustento do outro.

Eu paralisei na hora. Não, ela não podia me pedir aquilo, não da forma como eu estava, não mesmo...

- Ladybug... Eu...

- Eu sei, você esperou tanto tempo por isso que agora deve estar nervoso... Eu também estou nervosa, mas, em uma cidade como essa, qual a probabilidade da gente se conhecer?

Não sei. Talvez maior que cem.

- Vamos entrar nesse quarto aqui, tá vazio, acabei de ver os hóspedes saindo daqui. - disse ela, sutilmente.

Um pânico tomou conta do meu peito. Ela não pode descobrir quem eu sou! Nunca vai me perdoar! Ela nunca vai me perdoar!

Entrei no quarto primeiro que ela e tranquei a porta, em fração de segundos. Ladybug começou a bater na porta, assustada.

- Cat? Cat! O que você pensa que tá fazendo?

As lágrimas começaram a cobrir meus olhos.

- Me perdoa, My Lady... eu não posso fazer isso...

Será que eu posso AMAR VOCÊ?Onde histórias criam vida. Descubra agora