Capítulo 5 - Indiferentes

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"Eu escolhi o caminho errado,
em trevas eu entrei,
à procura de um príncipe encantado,
que eu mesma inventei."
Rayssa Gomes.

Desci pelo elevador rapidamente, estava muito nervoso. Ladybug está desacordada... está desacordada... my Lady... my Lady... Chegando no térreo, corri até a porta giratória, passei por ela e fui em direção aonde estava a minha joaninha. Me joguei de joelhos ao seu lado, a peguei em meus braços e suspirei pesadamente. Como foi que isso aconteceu, my Lady? O que foi que aconteceu? Por eu ter sido akumatizado, não me lembrava do que havia acontecido, porém, o que eu sabia era que estava suando frio. Eu estava com medo. Medo da Ladybug... Não, haha, não a my Lady, ela é forte, ela é destemida, ela nunca partiria assim... Passei minha mão esquerda pelo seu rosto e verifiquei a pulsação dela. Está muito fraca, muito fraca... não é possível! Ela tá... ela tá morrendo! Entrei com ela nos braços dentro do hotel, não poderia levá-la para o hospital. As pessoas descobririam a identidade dela quando se destransformasse, então, eu só tinha uma alternativa. Se Plagg conseguia usar o seu poder da destruição, que é o Cataclismo, eu só poderia prever que Tikki fizesse o mesmo, mas com o seu poder da cura. Esperava estar certo sobre isso. Conforme os minutos passavam, meu pânico aumentava em relação a Ladybug. Subi com ela em um elevador e a levei para um quarto vazio. Como aquele era o hotel do prefeito Bourgeios, ele rapidamente permitiu que eu levasse a Ladybug à algum quarto para cuidar dela. Deitei-a na cama, fechei meus olhos, tateei aonde ficavam os brincos dela, os tirei e fiquei em silêncio. Estava me concentrando. Aquilo tinha que dar certo.

- Tikki? - chamei ela entre um suspiro e outro.

Imediatamente ela me respondeu.

- Adrien?

- Tikki, por favor, salva a Ladybug, por favor!

Eu estava chorando. Não suportaria perder a minha joaninha daquele jeito. Tikki precisava fazer algo.

- Você pode trazer algo para mim comer antes? - perguntou a kwami. Sua voz entregava que estava com tanto medo quanto eu.

- Aqui! - peguei um pedaço de queijo que estava dentro do meu casaco e entreguei para ela. Alguns segundos depois, Tikki tornou a falar.

- Obrigada, Adrien. Você pode se afastar, por favor?

Concordei com a cabeça, virei nos calcanhares, me levantei e a alguns passos dali, fiquei de costas. Se eu abrisse os olhos naquele momento, provavelmente iria chorar. Só consegui ouvir a voz de Tikki bem atrás de mim.

- Miraculous Ladybug!

Uma luz rosa cobriu o quarto inteiro, até eu percebi a magia boa e pura que envolveu cada canto daquela habitação. Respirei fundo. Ouvi uma voz feminina, doce e provavelmente desnorteada. My Lady...

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Pisquei por alguns segundos. Eu estava me sentindo... em outro mundo. Como se eu tivesse dormido em paz, e de repente... e de repente eu voltei. A última coisa que me lembro foi de jogar o Adrien em uma varanda. Então, pera, eu morri? Mas, mas como??? Por que??? Pisquei fortemente e me levantei. Ahhh! O céu é igual o Palace's Hotel? Senti que estava maravilhosamente bem. Bom, então morrer não é tão ruim assim! Despertei dos meus devaneios quando ouvi uma voz familiar.

- Mari... quer dizer, Ladybug!

Olhei para o lado e vi a... a Tikki?

- Tikki! Como você morreu??? Eu não acredito! Isso é tudo culpa minha!

Será que eu posso AMAR VOCÊ?Onde histórias criam vida. Descubra agora