O céu não é tão azul.

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      Abro os olhos e vejo Ricardo ao lado da minha cama, pedi a ele que fosse pra casa arrumar as malas para a viajem de amanhã, mas ele está irredutível. O encontro com os acionistas acontecerá na terça, e ele não sai do meu apartamento desde o acidente no sábado, por sorte ele deixou algumas peças de roupas da última vez que esteve aqui.
       Seu sorriso se abre e ilumina meu coração.
Ricardo tem sido um verdadeiro príncipe, embora ainda não esteja em paz com meu "acidente", consegui parar de pensar em coisas como Vou matar a piranha da Alessa e vou furar os olhos daquele vadia....
      Levanto e vou em direção a poltrona onde ele está, e me sento em seu colo, suas mãos envolvem minha cintura e seu nariz inala o cheiro de morango do meu shampoo.

— Eu amo ter você aqui. — Digo olhando em seus olhos.
— Mas? — Ricardo pergunta enquanto arqueia as sobrancelhas, me dando a deixa para completar a frase.
— Precisa ir para casa, organizar suas coisas.... Meu amor... a viajem é amanhã, está tudo bem, eu vou ficar bem.
— Estou bem aqui... estou atrapalhando? __ Não respondo e o aguardo prosseguir.
__ Anjo eu... Eu gosto de ficar aqui, além do mais não gosto que esteja sozinha.— disse.
— Claro que não meu amor... jamais reclamaria de você aqui comigo. Mas, estou bem, e não quero te atrapalhar, não é nada além disso, você precisa organizar suas coisas e sabe disso... — digo e ele me abraça.

     Depois de muito diálogo, consegui convencê-lo de que precisa se organizar pro encontro no Rio de Janeiro, ele me abraçou e antes de sair disse algo que me deixou com uma pulga atrás da orelha. Segundo ele, nao poderia me deixar sozinha, porque nao suportaria se algo acontecesse comigo por sua culpa.

    Mesmo sem entender, continuei pensando em como faria para que tudo se organizasse em minha vida, agora com o braço quebrado não poderia trabalhar.

   Olho em meu celular, dou de cara com mais algumas menssagens desesperadas do meu namorado, querendo saber a cada minuto se estou bem, tentando achar alguma forma de me convencer a viajar com ele. Não vou mentir minha vontade realmente era estar com ele, nosso relacionamento tem melhorado a cada dia que passa, o que aumenta minha vontade de estar perto, mas com esse braço engessado e os medicamentos fortes para dor, eu com certeza não seria uma boa companhia, entao pra nao atrapalhar eu decidi ficar no meu apartamento para descansar.

 Não vou mentir minha vontade realmente era estar com ele, nosso relacionamento tem melhorado a cada dia que passa, o que aumenta minha vontade de estar perto, mas com esse braço engessado e os medicamentos fortes para dor, eu com certeza não seri...

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      A tarde já estava caindo quando decidi levantar para comer alguma coisa, a cozinha esta vazia assim como o restante do apartamento, o que acho estranho já que Patricia sempre está em casa desde que chegou, chamo seu nome acreditando que esteja no quarto e não obtenho resposta.

     Ando em direção a geladeira e me deparo com um bilhete dela, avisando que ia dar um volta. Com certeza estava se sentindo entediada dentro desse prédio que tanto traz lembranças boas e tambem ruins, como a morte dos pais.

     Procuro algo rapido e prático e faço um omelete com claras de ovos e um suco, os analgésicos tem atrapalhado meu apetite, entao falo um esforço enorme para comer tudo.

Direito de Amar  ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora