Passa das três horas da madrugada, e aqui estou eu, novamente em um dos luxuosos quartos do Memorial Nunier, depois de ver aquele sujeito estranho em meu quarto e literalmente apagar, eu não consigo me lembrar de mais nada, acordei poucos minutos atrás sentindo uma forte dor de cabeça, dentro desse quarto que já conheço muito bem, o silêncio me incomoda ao mesmo tempo que o medo e a dúvida também o fazem.Seguro em meu braço na tentativa de pegar impulso e não sentir dor para levantar, sinto uma leve tontura mas nada com que não consiga lidar, vou ao banheiro e com um pouco de dificuldade consigo fazer minha higiene,seguida de minhas necessidades e como prioridade um bom banho quente bem demorado. Olho ao redor e encontro uma das minhas camisolas, visto meu corpo com a mesma e saio em direção ao quarto.
Me assusto de imediato ao ver Ricardo sentado na poltrona ao lado da cama e vou em sua direção. A vontade é de me jogar em seus braços e chorar o medo que está entalado em minha garganta, ando rapidamente em sua direção, quero abraça-lo, sentir seu toque, seu cheiro.
Essa quase morte mecheu com todos os meus extintos, a sensação de não sentir mais seu abraço apertado nas noites que eu tenho pesadelo me assustaram, mais do que o medo iminente da morte.Eu não me vejo mais sem Ricardo, sei que pode parecer loucura, mas não há um só minuto em que me sinto feliz quando não estamos juntos... Vou em direção ao seu abraço, me aninho em seu colo para que nossos corpos se envolvessem ainda mais, mas Ricardo me afasta de maneira esquisita, seus olhos vagueiam pelo quarto inteiro antes de se encontrarem com os meus, sinto um frio na barriga quando percebo o desapontamento em sua face me retraio, suas mãos firmes me levantam de seu colo, ele me põe de pé e se afasta.
-- Meu amor, eu... Sofri um atentado... Eu... Você não deveria estar em uma reunião ? -- Pergunto inquieta com a sua reação.
-- Anna... Precisamos conversar...Eu...fui eu quem te salvei, não quero que você se preocupe, eu já tratei da prisão do maldito que invadiu seu apartamento -- Ricardo disse aliviando meu coração apertado, pensei que ele estivesse chateado comigo por algum motivo desconhecido.
Caminho novamente até ele e beijo seus lábios, mas, o beijo não é correspondido assim como o abraço, não aguentando mais a situação recorro ao questionamento da merda que está acontecendo aqui.-- O que está acontecendo Ricardo?-- Pergunto já sem paciência.
-- Anna eu não... Não sei como...
-- Sem rodeios seja direto... Por favor! Você sabe que detesto meios termos. -- Digo grosseiramente.
-- Quero que me entenda anjo... Você é especial para mim, mas nesse momento, o melhor pra nós é dar um tempo!
--Dar um tempo? Suas palavras não me convencem porque será? -- questiono o mesmo e continuo -- o que ta acontecendo Ricardo-- sou fria na pergunta.
-- Anna.. Você não entenderia...
Não deixo que termine a frase e falo em tom mais alto -- O que eu não entenderia? Nós estavamos bem, você e eu.. -- Fecho os olhos e respiro profundamente, abro e procuro seus olhos, encontrando-os questiono o mesmo--Tem outra Pessoa?
-- Anna... Não é dessa forma que você está pensando... -- O interrompi novamente já impaciente.
-- Tem ou não Ricardo?-- Pergunto irredutível.
-- Sim...
-- Era a aposta não é. Sempre teve outro pessoa, você é um merda de um riquinho metido a conquistador de idiotas como eu. Foi divertido? -- As lágrimas ameaçam sair sem minha permissão mas continuo.
-- Pode parecer loucura Ricardo. Mas eu te amo muito e você não tem noção do quanto isso dói em mim, eu jurei que em todo esse tempo junto nós tínhamos algo.. Eu sempre senti verdade, eu não sou nenhuma menininha indefesa. Você quer ir, o caminho esta aberto-- Digo em meio as lágrimas-- Vai -- Grito impaciente.
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Direito de Amar ( CONCLUÍDO)
DragosteDono de uma das maiores empresas relacionadas á saúde RICARDO NUNIER tem tudo e todos aos seus pés!! Mesmo com toda fortuna acumulada deixada por seu pai se dedicou a atuar como cirurgião no HOSPITAL MEMORIAL NUNIER, Ricardo sempre gostou de se en...