Direito de Amar ( CONCLUÍDO)

Hora da Verdade ( Parte 1)

Me perdoem pelos erros 💔

Ricardo Nunier

   Meu coração estava sangrando, a dor de ter que deixar Anna, era de longe a mais insuportável que já senti. Mas sou sujo de mais para alguém tão boa!

   Os olhos de anna refletiam a tristeza, e eu juro que tentei me mover e ir atrás da mulher que tanto amo, mas não podia fazer isso, não quando a sua vida está em risco por minha responsabilidade, por mais que me mate por dentro preciso deixá-la livre, livre de mim e de todos os pesos que carrego.

Hoje quando estava no aeroporto Alessa me avisou, ela deixou claro que Anna não poderia estar comigo, não quando esse lugar era dela, eu senti um calafrio percorrer todo meu corpo a tensão em saber que ela faria algo contar meu anjo me deixou apreensivo, fui até ela para tentar impedir que fizesse algo mas percebi ao final da conversa que a maldita queria apenas me distrair para por seu plano em ação, até chegou a fingir um trabalho de parto enquanto gritava que não haveria mais ninguém para nos atrapalhar de ficar jutnos.

   E foi ali naquele exato momento, eu senti que minha pequena corria uma sério risco de vida, sai como um louco da casa do Fernando e dirigi descontroladamente em direção ao apartamento de Anna no centro de São Paulo, sentia que cada minuto faria a diferença para proteger Anna das insanidades de Alessa.

  Vê-la ali na cama enquanto aquele maldito homem a enforcava foi estarrecedor, um medo dominou meu ser, o sentimento de derrota me atacou em cheio, tudo que eu mais queria era que Anna não estivesse passando por nada disso, que estivesse viva para que eu pudesse liberta-la desse inferno que é estar comigo, eu precisava contar a verdade, ela precisava saber que nunca estive com Alessa depois de que ela chegou ao meu coração e dominou tudo por lá.

  Os dias iriam ser cinzas, me acostumei com algo que nunca tive, o Amor, e agora estou aqui parado em frente a porta deposi que Anna saiu por ela, depois que minha vida foi destruída por mim mesmo,e não! Eu não tive coragem de dizer a ela o que realmente estava acontecendo, não pude dizer a ela o quão sujo eu sou, e como fui um lixo capaz de tamanha traição.

   Pego as chaves do meu carro e vou em direção a porta na esperança de encontrá-la, já está tarde não é bom que vá para casa sozinha esse horário. Andei por todo espaço que consegui no hospital até contatar que devo ter ficado tempo de mais alheio a sua saída, pois ela já não estava mais aqui, nem no meu hospital e nem na minha vida.

  Não demora muito e chego ao bar do jhoe onde costumava frequentar antes de me envolver com Alessa e ficar preso a sua teia de aranha. 

- Ei cara quando tempo - jhoe me cumprimenta assim que entro pelas portas antigas do bar.

  O local cheira a mofo e está quase caindo aos pedaços, algumas placas estão penduradas com pregos grotescos nas paredes, mesas estão espalhadas por toda parte do lugar e a grande maioria cheias de homens bêbados, ou se embebedando.

- Faz um tempo mesmo jhoe, preciso de algo bem forte, de preferência mais forte que a minha dor - digo já sentando no balcão.

Jhoe dá um meio sorriso e enquanto prepara a bebida diz - Hum... Eu nunca pensei que diria isso, mas há um Ricardão de coração partido pelo visto. O uísque mais velho da casa campeão, prepara a garganta - termina enquanto me entrega o copo.

   Viro de uma só vez e sinto algo dar voltas em minha cabeça, bebo a segunda e a terceira dose, e já não sei ao certo o que estou fazendo aqui, e com a minha vida também sinto algo vibrar em meu bolso e noto que na tela não há um número e sim o nome de Alessa não sei porque mas acabo por atender.