Peço Perdão.

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Perdoem os erros....

1 ano depois...

Anna Petroni

As coisas por aqui são mais tranquilas, sinto paz em grande parte do tempo, quando não estou trabalhando, aliás cuido de um idoso, sua saúde delicada exige cuidados particulares. Com a fortuna que recuperei dos meus Pais, não precisaria trabalhar, mas ,sinto a necessidade, somente nos momentos em que a saúde delicada do Seu Nuno esta em minhas mãos, consigo parar de pensar em tudo que deixei para trás.

Falo semanalmente com minha prima, Paty sempre diz a mesma coisa, depois de tudo que nos aconteceu Ricardo não apareceu mais no hospital, ela esta em guerra constante com o chefe Fernando, e por esse motivo jamais ousaria pedir a mesma que perguntasse a ele se tinha noticias do Ricardo, por vezes me vi sendo perseguida e meu coração se encheu em alguns momentos acreditando que poderia ser ele para me pedir perdão, mas fui frustada em todas elas.

Sempre acreditei que o dinheiro poderia mudar a vida de uma pessoa, me imaginava milionária, tudo que eu faria com o dinheiro e em como seria feliz sozinha, mero engano, em um ano depois de resolver toda burocracia, que ficou muito mais fácil com a gravação da Alessa confessando tudo, eu já viajei... Conheci inúmeros lugares e pessoas, mas acabei aqui onde sempre quis me esconder e fugir, quis fugir das ameaças e ignorância do Ricardo no começo de tudo, se achando melhor do que todos por seu dinheiro, o único ser que importava no mundo, e olha só como as coisas mudam, eu me olho no espelho e não reconheço mais a pessoa que era ano passado, os olhos ainda são os mesmos verdes intensos, os cabelos claros ainda caem em meus olhos, mas não sou mais a mesma.

Todo dia é a mesma coisa, o despertador toca penso em toda minha rotina e em tudo que tenho para fazer, antes de levantar o toque do meu celular ecoa pelos quarto, fecho os olhos rateio a mesinha ao lado na busca de encontrá-lo, olhei de relance o nome que brilhava na tela e atendi.

- Preciso que venha agora para São Paulo - Paty está afoita e ao mesmo tempo parecia nervosa.

- Bom Dia pra você também - Resmunguei ainda sonolenta.

- Anna... É o Ricardo. Ele... Ele está tentando se matar, está na beira do prédio do hospital, nós... Já tentamos de tudoas ele está irreversível, achei que pudesse falar com ele.. eu não sei talvez vir...

Não deixei que completasse a frase e a interrompi.

- Pathy não... Eu não posso. Por favor. Eu deixei tudo isso para trás, estou tentando recomeçar - Disse tentando soar o mais confiante possível.

- Anna por favor digo eu. Não me venha com essa, não se passa uma ligação se quer em que te ligo e vc pergunta dele, ele estava preso durante todo esse tempo em casa e de repente apareceu na ponta do prédio, estamos tentando de tudo. Por favor? - Pathy tinha razão no que estava falando e então sua última frase em suplica me puxou para a realidade do que realmente estava acontecendo. - Sei que jamais se perdoaria se algo acinte esse com ele, você ainda o ama.

- Estou indo. - foram as únicas palavras que consegui pronunciar antes de uma avalanche de sentimentos sufocado me tomarem.

Com rapidez peguei tudo que precisaria para um final de semana em São Paulo, no caminho busquei um passagem imediata no aeroporto mais próximo.

....

Uma sensação nostálgica me arrebatou, a faixada é a mesma, as cores refletem o sol, observei tudo com cuidado até chegar a um grande grupo de pessoas, a polícia e os viveiros todos olhando para cima onde ele estava, uma sensação de desespero me tomou, eu queria fugir, sair dali, Ricardo não me amava e não fazia sentido eu estar ali, depois de todas as mentiras, eu não deveria se quer pensar em voltar aqui, mas estou!

Direito de Amar  ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora