Direito de Amar ( CONCLUÍDO)

Algo Novo! parte 1

** Perdoem os erros **

Três meses depois...

Aqui estou eu, três meses depois, sentada na cama do quarto de hóspedes da pessoa que jurei ficar distante.

Sim, estou na casa do Ricardo. E Não, não aconteceu nada entre nós, eu só não achei ninguém mais capacitado, na verdade eu acredito nessa desculpa fielmente, ele estava sozinho e precisava de mim, então fiquei.

Essa era a última consulta que tínhamos marcada com o médico que operou o ferimento da bala, tenho a leve impressão de que duraram por muito mais tempo do que o necessário, mas dizer o que? Que eu não estava gostando? Ou que não estava feliz por estar com ele?

Não, eu não poderia dizer tamanha mentira, na verdade, já estou com saudades de tudo, tem sido dias incríveis e ele tem sido um homem respeitador e extremamente carinhoso comigo.

- Pronta Senhorita? - Ricardo aparece no vão dá porta que está aberta.

- Quase Chefe. - Sorrio e ouço seus passos em minha direção, me viro delicadamente e fico em sua frente.

Seu sorriso é radiante, Ricardo está vestido em seu terno preto, impecável, a pose imponente não disfarça o homem bom que tem sido, os cabelos perfeitamente penteados para o lado e a barba alinhada o deixam com um ar super sério, não sei ao certo o porquê mas dou risada de repente e seus olhos fitam os meus.

- Está maravilhosa Senhorita Anna. - Ricardo sussurra ao mesmo tempo que segura em minha mão. Por algum motivo desconhecido me afastado e apenas caminho em direção a porta. Paro do lado de fora da mesma e o chamo:

- Podemos ir?

-É claro. - Diz ele desapontado.

O caminho até o hospital foi percorrido tranquilamente e num silêncio total,na consulta Ricardo foi liberado do acompanhamento médico e liberado para voltar ao trabalho.

Ricardo passou para falar com Fernando e eu fui falar com Paty, e pegar a passagem que havia pedido para que reservasse, tive medo de que eu não tivesse forças para conseguir.

Um bom tempo depois Ricardo estava saindo da sala do Fernando, estavam combinando o dia para fazer o teste de DNA da pequena Helena, a criança que nascera da maldita Alessa, que aliás, depois de dar a luz, fugiu para não ser presa, abandonando a filha recém nascida.

Estávamos caminhando em direção a saída do escritório, quando Paty gritou balançando a passagem, sem isso você não viaja amanha meu bem... O mundo parou de girar por um instante, apenas ela sabia que iria embora no dia seguinte. Os olhos de Ricardo caíram sobre a passagem e voltaram para mim, um ar de tristeza tomou seu olhar, levando o brilho que outrora habitava neles, Sorri sem jeito e tornei para pegar a passagem.

Nada se falou na volta para o apartamento, Ricardo parecia pensativo e aparentemente apreensivo, também não conseguia formular nenhuma palavra então apenas subi para o quarto quando chegamos, precisava arrumar e organizar minhas coisas na mala.

Tudo estava silencioso, não ouvi a voz de Ricardo ao telefone como de costume, nem seus passos. Estava alegre por ter minha vida de volta e ao mesmo tempo triste, por não saber se queria aquela vida de volta. Desci as escadas para comer alguma coisa, já passava das Quatro da tarde e percebi que além dos que estavam trabalhando não havia mais ninguém na casa, tomei meu suco com um pedaço generoso de bolo e então respirei fundo antes de levantar, fui até a varanda e me peguei pensando nele.

Semana passada nós nos beijamos, eu corri para meu quarto mas com aquela vontade de permanecer ali bem ao seu lado, sentindo seus beijos, seu abraço, má não podia, não posso me prender novamente a ele.