Que bom te ter aqui.

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** Perdoem os erros **

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Senanas depois...

ANNA PREVATO

    Hoje é um dos dias mais incríveis desde o ano em que meus tios morreram, o dia em que minha prima chega de Nova York, nós nunca fomos tão próximas mas a morte dos meus tios nos uniu de  uma forma incrível, mesmo que ela não tenha me ligado constantemente durante esse tempo todo, e apareça em inúmeras revista com homens bilionários, eu sei que não está tão bem como ela falava em suas raras ligações a cada dois meses, eram sempre palavras rápidas e curtas, e sempre dizia as mesmas coisas.

    Me lembro da penúltima ligação pedindo que eu a encontrasse um tempo depois na rodoviária mas não acreditei que fosse real, afinal suas fotos eram de alguém que tinha uma vida incrível comparado ao que tínhamos ou temos aqui, mas era verdade e então aqui estou eu esperando-a, no  fundo vai ser bom ter alguém pra conversar, Pati é espaçosa mas com isso a gente se adapta, estou feliz que minha prima estará aqui.

   Não demorou muito e lá estava ela, os cabelos curtos em um Chanel mais longo nas pontas, esse era o corte mais odiado pela Patrícia, pelo visto Nova York mudou muito minha prima, os olhos num tom de mel, sempre mudavam para o verde, eu sempre invejei isso quando éramos mais novas, o corpo curvilíneo bem definido os seios eram fartos mas na medida razoável e as pernas bem torneadas e moldadas em sua cintura finíssima, eu sou totalmente o oposto da Pati, "seca" como ela sempre falava quando a gente brigava...
ah que saudades dos anos passados...

   Espanto meus pensamentos tristes quando sou arrebatada por um abraço quente e caloroso, um abraço de saudade, minha prima estava me esmagando. Em passos rápidos como se estivesse assustada saiu me puxando para a saída, não sabia como explicar que o médico que eu disse a ela que odiava a quatro meses atrás era o homem que nos aguardava no estacionamento, só porque achou um absurdo que eu viesse sozinha buscá-la.

— Calma eu não vou fugir — Sorri abertamente ao ver um rosto familiar depois de tantos anos.

Pati sorriu para mim e em contra partida me abraçou novamente e senti suas lágrimas molharem meu rosto, senti que precisava de apoio e não sei bem o porque eu senti uma vontade imensa de protegê-la do que quer que fosse!

— Eu nunca imaginei que fosse falar isso, mas eu senti saudades...— fui envolvida em um novo abraço — Vamos pegar um táxi? Eu pago. — sua voz foi afobada, Patrícia olhava por todos os lados como se procurasse por alguém.

Respondi rapidamente que não seria necessário, guiei a mesma até o carro de Ricardo, ele como cavalheiro que é saiu rapidamente abrindo o porta-malas para guardar sua mala, enquanto ela apenas alternava o olhar entre nós dois, era visível o ponto de interrogação pairando em volta dela.

   A porta foi aberta e então ele se apresentou à ela.

— Prazer eu sou Ricardo, sou namorado da Anna — sua mão pendeu no ar aguardando que a pati a apertasse.

— Prazer Ricardo, eu sou Patrícia prima da sua... ãn Namorada? — Patrícia nos questionou sutilmente enquanto apertava a mão do Ricardo — Espera ele é o Ricardo... aquele Ricardo Ann? — Patrícia sussurrou de modo audível e ali eu senti que estava na berlinda com sua pergunta.

— É melhor nós entramos, não? Imagino como deve estar cansada, e porque não veio de avião? —Perguntei ansiosa pela mudança no rumo da conversa — E por favor Pati eu já te implorei pra não me chamar mais de Ann — falei desanimada.

— Ah desculpe Ann é mais forte que eu... eu não pude vir de avião porque estou fugi... digo estou com problema com meus documentos, preciso resolver isso depois— Pati falou sem olhar em meus olhos, o que era comum quando está mentindo.

Direito de Amar  ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora