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P.O.V. Lydia Martin

- Ok! Te vejo na escola! - Respondo alto pra Malia.

Por que ela já estava indo embora? E cadê a Alli?

Quem se importa, né? Continuo dançando com o... como era mesmo o nome dele? Acho que nem perguntei. Mas ele não tem muita pegada, sabe? Só pega na minha cintura, ele acha que sou o quê, uma freira?

- Vou beber alguma coisa! - Digo no ouvido dele e desço em direção ao GGG (gêmeo gay gato). - Uma água, por favor.

Ele se vira e pega um copo e uma garrafa de dentro do freezer.

- Aqui, ex cunhada.

- Cunhada? - Digo bebendo um gole. Espera. - Ex?

Ele aponta com o queixo pra pista de dança e seu irmão já estava beijando outra garota. Fala sério.

- Azar o dele. - Bebo outro gole e me sento num banquinho, mas sou empurrada bruscamente e caio no chão.

Ai!

Sinto uma mão pesada me levantar e pessoas gritarem.

- Sua cachorra! - Então sinto um ardência no meu rosto e um estalo. Isso foi um tapa?

- Jackson? - Olho pra seu rosto, ele parecia muito mais magro que antes e seus olhos estavam arregalados, como se ele não soubesse se me batia ou me matava. Ele levanta o punho e eu fecho os olhos, mas antes que ele tentasse desferir um soco em mim nós nos separamos e eu caio novamente no chão.

Só agora que vejo o sangue, é meu? Ah não...

- Você está bem? - O barman me levanta e vejo que toda festa me encarava. Ele puxa meu braço e me leva pra dentro de uma cozinha.

- Eu vou matar ela! Me solta. - Eu escutava seus gritos por detrás da porta.

- Você o conhece? - O GGG me pergunta enquanto enrola um pano na minha mão. O que é isso? Minha mão estava ensangüentada e parece que só agora eu começava a sentir a dor.

- Ele é... ele é meu ex namorado.

- Meio transtornado ele.

- É...

- Só espero que agora que a polícia o pegou, não o solte.

- Polícia!?

- Você não viu? Foi um guarda que o jogou longe quando ele tentou te bater de novo.

- Um guarda...? Tinha polícias na festa?

- Não, parece que o tal do Jackson os atraiu. E o cara era um infiltrado, não está nem de farda. - Ele me oferece um copo d'agua e quando eu tento segurá-lo uma dor alucinante transcorre por meu corpo.

- Como a senhorita está?

Levanto os olhos e me deparo com o guarda que ficou na porta do meu quarto no dia do meu depoimento sobre o Jackson.

- Acho que ela vai ter que levar uns pontos. - O barman responde por mim.

- É, parece que sim. Vamos?

Eu estava tão em choque que nem escutei o que eles disseram.

- Onde está o Jackson?

- Você sabe que estamos tentando pegá-lo há tempos, mas não havia prova o suficiente que o mantasse preso pra confessar como ele arranja as drogas que usa. Mas depois de ter agredido uma menor, poderemos mantê-lo longe de você e dos outros problemas.

- Eu fui uma isca, então?

- Nós realmente sentimos muito...

- Vocês deixaram ele me seguir, me agredir, pra depois prendê-lo!? Que tipo de polícia são vocês!?

Meu professor de biologia Onde histórias criam vida. Descubra agora