O mistério gera curiosidade e a curiosidade é a base do desejo humano para compreender. Neil Armstrong.
Século XVII
Piell
_Conde Piell, estou honrado por ser convidado para sua festa adorável.
_ Muito obrigado Sr. Barão de Mols.
Digo tentando aparecer agradável, fazia 3 horas que estou nessa ladainha irritante com Barões, Condes, Duques, Membros da família Real e Clero.
Estava claro a todos o quanto eu detestava festas obrigatórias da corte, principalmente aquelas que tinha que fazer papel de anfitrião, na verdade tinha certeza que o faziam de mim anfitrião de muitos eventos com a intenção de me irritar, já que grande parte dos eventos começaram a acontecer em minha propriedade desde o momento que conquistei o título de Conde.
O grande salão de festa do meu castelo estava lotado de pessoas da corte, aproveitadores que poderiam muito bem vender a alma caso isso garantisse que aumentasse seu status social, não que eu tivesse condições de julga-los considerando meu passado amaldiçoado.
Enquanto alguns dançavam com suas esposas no ritmo daquelas músicas irritantemente lentas tocadas por uma pequena orquestra de músicos camponeses talentosos, no qual não tive interesse de verificar onde exatamente tocavam, outros se entupiam de comida desde que chegaram, indo numa certa frequência a vomitórios que ficava num canto escondido mas com acesso a todos que desejarem usa-lo.
Alguns vagavam sozinhos como eu, ou em grupos puxando assuntos informais para ter algo para falar ou fazer.
Estava quase voltando para meu aposentados, quando a visão de uma pequena e bela moça, chamou me a atenção.
Eu poderia reconhecer de longe aquela beleza vestida de branco que com toda certeza era comentada por todas as pessoas fofoqueiras desse Reino, mas ver essa beleza no presente era mil vezes mais encantador do que os boatos dizem.
E em segundos a única coisa que desejei foi me aproximar daquela bela Dama, mas antes que pudesse me aproximar sou interrompido por meu servo Danilo.
_Vossa Senhoria?
_Sim?
Digo tentando não demonstrar minha insatisfação.
_O Lorde Roger oferece esse cálice a Vossa Senhoria como um gesto de agradecimento pela sua hospitalidade.
Pronuncia em tom formal, enquanto oferecia a mim uma taça de ouro cheia de vinho tinto que estava numa bandeja prateada.
_Por favor passe minha mensagem ao Barão: Fico feliz que tenha gostado mas receio que não poderei aceitar seu presente que me ofereceu de bom grado.
_Mas...
_E isso é tudo, está dispensado por enquanto.
_Sim, Senhor Conde.
Fala fazendo uma breve reverência antes de se retirar.
Satisfeito me viro de volta a procura da moça que me encantou profundamente só de olhar sua beleza estrondeante, mas para minha decepção ela não estava mais a vista.
Droga. Frustração me enche, queria ter tido a oportunidade de conversar um pouco com a encantadora Senhorita.
Mas rapidamente sinto essa frustração sumir quando um pensamento me surge a mente. Não lhe importava o que teria que fazer para conseguir mas, em algum momento iria lhe encontrar.
A ideia fez um sorriso surgir em meu rosto e quando conseguir alcança-la eliminarei qualquer um que se impor em meu caminho.
Esse foi o meu último pensamento antes de voltar a procurar.
528 palavras.
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A MOÇA DE BRANCO
Mystery / ThrillerObra em revisão. Plágio é crime, crie a sua. Antes de tudo quero deixar algo bem claro, em nenhum momento, estarei fazendo apologia ou romance a um crime/violência, se você se identificar com alguma cena por favor, procure ajuda . Sinopse: Em um...