Capítulo 12 parte 1 - Confusões

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Confusão é o nome que inventamos para uma ordem que não compreendemos

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Confusão é o nome que inventamos para uma ordem que não compreendemos. Henry Miller.

Sara

Estou novamente numa floresta, mas dessa vez a luz iluminava às árvores, os animais eram presentes e caminhavam tranquilamente ao redor, tinha até um coelho a poucos passos de mim, entretido demais com uma noz que insistia em tentar abrir, mas onde eu estou? É realmente a mesma floresta assustadora?

Estava prestes a sair do lugar quanto escuto a voz de choro de uma donzela.

_Olá? Tem alguém aí? Por favor, estou perdida, prometo que compensarei se me ajudar, tenho alguns trocados... Sou cigana, posso até ler a sua sorte...

Automaticamente sigo em direção da voz, deparando-me com uma bela mulher branca, usando um delicado vestido amarelo, cheio de desenhos e rico em detalhes, com uma longa barra que se arrastava no chão a cada passo que dava, ao mesmo tempo que tentava disfarçar a falta de calçados nos pés, o que deve estar uma sujeira, que provavelmente manchará o tecido com lama, com os cabelos trançados e bem presos a nuca, enquanto um delicado véu alaranjado sentava cobrir suas impressionantes íris cobalto e seus olhos avermelhados de tanto chorar, mas em vão, com pulsos, pescoço cheio de ornamentos que eram tão brilhantes como ouro, com a diferença de uma grande jóia vermelha em seu pescoço.

Seria ela a Elizabeth? Mas é tão diferente do meu sonho anterior! Estava prestes a abordar a moça, quando uma voz sombria a responde, uma que fez meu sangue gelar.

_Sua mãe não te ensinou que não se deve falar com estranhos?

Pronuncia aparecendo no meu campo de visão e da moça ao mesmo tempo. Era ele! O maluco do sonho anterior!

_Desculpe-me, Sir?

_Chame de qualquer coisa que desejar!
Diz dispensado de se apresentar a moça.

_Tudo bem, "Sir Qualquer Coisa", poderia me ajudar a sair dessa floresta?

_Mas que "engraçadinha" você é, já pensou em seguir a carreira de circo como palhaça ? De qualquer forma porque a ajudaria?

Diz lhe dando as costas.

_Por favor! Se não me levar para fora dessa floresta, juro que te perseguirei!

_Perseguir eu...

Vi o momento que ele eleva a cabeça e gargalha profundamente, não sei porque raios ele ria, como se ouvesse ouvido uma piada muito boa.

_Não zombe de mim!

Escuto a gritar com as bochechas coradas de vergonha.

_Porque não? Acabou de dizer que pretende perseguir um demônio...

Diz voltando a soltar longas gargalhadas.
Vi o momento que ela fica roxa de raiva.

_Não devia brincar com assuntos que só devem interessar o clero. Não existe mais demônios, a igreja os expulgou para que possamos viver uma vida digna e seguir o caminho de Deus. Aquele que cuida de nós.

_Oh! Que fofo, ela acredita que aquele ser se importa com ela... Deixe me dizer uma verdade garotinha, demônios existem.

Pronuncia antes de seu corpo se transformar num enorme escorpião, que era tranquilamente 5 vezes o tamanho dela.

_Não!

Escuto seu grito desesperado, bizarramente dessa vez, não sinto nenhuma vontade de impedir algo ou de fazer algo a respeito, apenas algo em mim queria desesperadamente compreender aquela e essa situação que me encontro.

Porque tô tendo essas visões? Isto é, se não for delírios da minha parte.
Quem raios é essa mulher?

Antes que eu pudesse responder, tudo muda.

554 palavras

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