Capítulo 13 - Aparência

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As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem

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As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. Lilian Tonet.

Sara

Acordo tremendo e completamente confusa, por quê vi aquelas cenas? Quem era aquela mulher? O que tinha naquela agulha que a maluca da enfermeira aplicou em mim?

Levanto a manta do meu corpo, mas dessa vez, não tinha nada me prendendo a cama.

Porém meu corpo reclama de dor quanto tento me levantar, fazendo sair um pequeno grito de dor ao mesmo tempo que  minhas pernas desabam sem forças.

Estava praguejando baixo quando a porta se abre, mas felizmente não era a enfermeira.

_Olá, eu sou o Doutor Fernando Antônio Ribas, escutei um grito de dor vindo do seu quarto, poderia me dizer de 1 a 10, qual a intensidade que sente?

Diz pegando uma prancheta que estava ao lado da cama com as minhas informações.

_9.

_Já tomou analgésico hoje?

_Não.

Digo ainda curvada de dor.

_Nesse caso espere um pouco que trarei uma dose para você tomar.

_E as minhas pernas? Tentei levantar mas não consegui.

_Considerando a cirurgia que passou, sugiro que não tente se levantar por alguns dias, mas provavelmente você está apenas fraca pela perda de sangue, quase a perdemos para a hemorragia se não fosse por um doador que surgiu de última hora, porém é melhor prevenir que remediar.

Diz se aproximando enquanto me ajuda a deixar de uma forma mais confortável.

_Eu quero tentar mover suas pernas e pés senhorita Sullivan, se sentir qualquer incomo me avise, okay?

_Okay.

Ele vai até  a minha perna direita e a dobra gentilmente com as mãos que estavam frias e com luvas e em seguida meche no meu pé para cima e para baixo.

_Sentiu?

_Não senti nenhuma dor.

Ele continua o mesmo processo na perna direita que fez me gemer de dor quando chegou ao pé.

_Quanto de dor sentiu de 1 a 10.

_5.

_Imaginei, está com o tornozelo inchado, tem alergia a algum medicamento?

_Não.

_Nesse caso, vou lhe receitar Amilorida* e a Lidocaína**,   que já faz parte do seu tratamento, espere um pouco que já volto com os medicamentos.

Diz saindo do quarto.

Diz saindo do quarto

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Fernando

No primeiro momento que eu vi Sara Elizabete Sullivan, senti meu mundo parar de girar, sua aparência é exatamente igual a da minha falecida esposa, mas eu tinha que ignorar por um momento para poder opera-la, mas mesmo após realizar a cirurgia, ainda não conseguia tirar ela de minha cabeça, muitos poderiam dizer que são irmãs ou uma prima, mas a sua identidade não tinha nada haver com ela, sem contar que Susana não tinha irmãs ou irmãs.

Queria entrar o tempo todo no quarto 8 para verificar sua situação, mas era sempre barrada pela enfermeira que me informava a sua situação e por novos casos, foi pura coincidência quando estava prestes a entrar no seu quarto quando ouvi ouvindo seu grito de dor, fazendo meu coração estúpido errar uma batida, pois ela não era Susana, mas meu coração teimava em bater descintroladamente.

Ver ela curvada de dor, fez me querer lhe dar mais que alguns analgésicos e quando toquei sua perna e seu pé para fazer alguns exercícios para verificar sua situação física, não pude evitar pensar o quão macia é sua pele, mas antes que fizesse algo que faria eu sentir arrependimento mais para frente, como chamar ela para sair, já que não falta muito tempo para receber alta e porque não é certo sair com alguém apenas por ser idêntica a sua falecida amada, porque Sara não é ela, provávelmente nem tem os mesmos gostos e ficar visualizando a falecida, só fará que eu crie um personagem que mais prejudica do que ajuda-me a superar o luto ou a culpa da morte de minha amada.

Respirando fundo, peço para a enfermeira que cuida de Sara levar os medicamentos para ela, não estava com mais coragem de entrar no quarto, temia que meu coração tomasse iniciativa e ignorasse todos os alertas vermelhos lançados pelo meu lado racional.

Estava prestes a ir para recepção do hospital, para esperar a minha prima Bianca que me oferecia carona, já que meu turno acabou, quando acabo me esbarrando em Gabriel, que pelo visto estava no mundo da lua, já que nem reparou que alguém esbarrou nele.

_Está tudo bem Gabriel?

_Por quê não estaria?

Responde após alguns minutos, muito aborrecido, como se eu tivesse o interrompido de algo muito bom.

_Sabe como é. Ossos do ofício, mas talvez queira saber como está indo a recuperação da moça que encontrou.

_Por favor, adoraria saber quando ela vai receber alta.

_A paciente se recupera bem, não teve complicações durante a cirurgia que colocaria os ossos da costela no lugar e conseguimos achar a tempo um doador de sangue compatível, provavelmente daqui à dois dias, apesar de que ela me lembra muito a minha esposa.

Droga! Sou mesmo um linguarudo! Novamente falei mais do que devia.

_Isso me deixa muito feliz. Muito obrigado.

Pronuncia antes de se retirar com um sorriso estranho no rosto, porém não tive muito tempo para pensar nisso, já que minha prima estava me esperando na porta de entrada.

_Tá tudo bem primo?

Pergunta após eu entrar  no carro.

_Porque não estaria?

_Está com um sorriso bobo no rosto, não que seja ruim, mas você nunca mais sorriu assim após a morte dela, você sabe.

_... Deve ser só minha mente pregando peça, já que...

_O que aconteceu no seu turno? Melhor dizer, ou vou azucrinar você até me falar.

_É só uma paciente que é igual a Susana, satisfeita!?

_Calma aí primo, ela te deu o fora para esse mal humor?

_Sabe muito bem que nunca, eu ia querer sair com alguém que me lembra dos mortos.

Pronuncio querendo dar ponto final a conversa.

_Se é o que diz, só acho que deveria aproveitar mais e viver uma vida feliz, ser mais espontâneo, a vida é curta demais para viver no passado, mas aproveitando que estou te levando para casa que tal um treino?

_Ainda está tentando me convencer a unir ao clã Bia? A resposta é  não.

_Sim, a esperança é como uma chama que quero manter acessa, mas só um treino, prometo que não tem nenhum objetivo maligno por trás.

_Se isso for me poupar de ouvir  você reclamar do seu ex, então sim.

_Excelente primo, então prepare, que vou moer você nesse treino.

Diz ligando o carro.

1070 palavras

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A MOÇA DE BRANCOOnde histórias criam vida. Descubra agora