My Dear Nerd ⭐️ Taekook ABO ⭐️

⚔️ Sixty six ⚔️

Boa leitura 💜

"O amor não é viver felizes para sempre, isso é um conto de fadas. O amor é saber como enfrentar a vida juntos"

Jungkook POV

O sol brilhava como fogo lá fora, iluminando o quarto aconchegante e frio. O mar estava calmo e o que se conseguia ouvir eram as fracas ondas se chocando contra as pedras e voltando para seu lugar. Os pássaros assoviavam de longe, mas mesmo assim, no silêncio, era possível ouvir o bom dia deles. Abri meus olhos lentamente devido a claridade e quando me acostumei, me espreguicei, olhando em direção a televisão ligada. Desliguei-a e virei para o lado.

Taehyung estava enrolado entre os travesseiros e edredons na cama, tudo que se via dele era o rostinho delicado e suave, mas sabia que debaixo de tudo aquilo mais um pesadelo ocorria. Era uma expressão de paz e calmaria, não gostava de imaginar nada que estava passando na cabeça dele.

- Bom dia, bebê - sussurrei e lhe dei um beijo na têmpora, sorrindo em seguida.

Amanhã era a véspera de natal, ceia natalina, troca de presentes, momento de cantoria, onde todos usavam suéter de natal e se arrumavam. Ou seja, hoje era dia de limpeza na casa, montar a árvore gigante no centro da casa, na frente da porta de entrada, era o que eu imaginava pelo ao menos, aliás, onde minha mãe e minha sogra pretendiam colocar uma árvore tão grande e que terá inúmeros presentes embaixo dela? Iria ser um dia cheio de afazeres, pelo menos para minha mãe, minha sogra, eu e Taehyung. Ninguém mandou a gente ter essa ideia e se voluntariar, certo? Por mais que todos vieram ao encontro de nós quatro dizendo que vai ajudar, tínhamos que negar, eles eram nossos convidados. Meu pai e meu sogro? Não sabem montar uma árvore. Mas a gente tem certeza de que eles revezariam para ir checar como está indo e colocar um enfeite na árvore pare contar como presença.

Me levantei e fui em direção ao banheiro. Joguei uma água no rosto, arrumei desajeitadamente meus cabelos, fiz minhas necessidades, escovei os dentes e desci, não me importando com o fato de que só usava minha calça moletom de cor vermelho vivo. Aliás, a casa estava em um silêncio aterrorizador, devia ser por volta de umas sete da manhã. Apenas queria pegar uma água e já iria subir de novo.

A cozinha estava uma bagunça. Se a cozinha interna estava uma bagunça imagina a de fora, que fora usada ontem e imagino que ninguém a tenha limpado. Olhei para a sala de estar. Uma bagunça, brinquedos espalhados, jogos, almofadas no chão, literalmente o caos. Todos os cômodos da casa deviam estar um pouco bagunçados. Desde quando comecei a me importar com limpeza? Experimente ter um apartamento apenas seu. Você começa a se importar ao ver um ponto de poeira na bancada e um copo na pia.

Tomei um copo de água e comecei a tentar organizar a bagunça na pia, aliás, em uma hora alguém ia descer para fazer o café e iam chamar alguém de qualquer jeito para lavar a louça.

Fui lavando aos poucos, com calma e em quarenta minutos toda a pia estava limpa, a louça no escorredor, o lixo para fora, a bancada limpa, a mesa com as cadeiras no lugar e o jogo americano recolhido, tudo organizado. Me virei para ir para a cozinha de fora, prestes a organizar, quando ouço um choro de bebê. Kwan, pensei.

Ainda eram oito da manhã, não queria acordar ninguém, então logo subi correndo as escadas até o terceiro andar, tentando ser o mais sigiloso possível. Entrei no quarto devagarzinho e Kwan estava em pé dentro do berço choramingando, erguendo os braços, pedindo colo. Justo agora?