Capítulo: 13 ✔

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Kurenai

Depois do que parecia ser um século eu coloco a forma de bolo cheia de massa no forno, terminando a parte difícil do trabalho. Agora é só esperar esfriar, colocar as camadas, montar o bolo e decorar - isso se, repetindo: Se, eles quiserem decoração. Espero ter acertado a temperatura do forno, da última vez que eu fiz um bolo ele tinha virado uma pedra. De raiva joguei a 'pedra' pela janela acertando um jardineiro na cabeça, fiquei com tanta vergonha que me escondi no quarto pelo resto do mês.

- O Jonnie vai me ajudar com o recheio e a montagem, já você Rise, fica com a decoração. - Tirei o avental colorido que o Namjoon me emprestou, depois soltei meus cabelos. - A mãe aqui já está cansada, vocês fazem o resto.

- Sim capitã! - O garoto bate continência e depois contorna o balcão vindo para o meu lado, agora indo na pia para poder lavar as mãos. - Fazer recheio é difícil?

- É fácil. Já, já você pega o jeito da coisa. - Decidi prender novamente o meu cabelo, dessa vez mais preso.

- Arigatō! - Rise me abraça de lado com dificuldade pela barriga, enquanto insistia em me agradecer na nossa língua natal.

I want money, not praise!

- Não precisa agradecer, gosto de fazer essas coisas. - Retribui o abraço, a sensação estava parecida como quando você abraça uma bola de Pilates ou algo do gênero.

- Ai, quanta melação! - Kim fala secando as mãos em um pano de prato antes de jogar ele em cima do balcão, sempre um poço de calmaria. - Nem me chamam mais para o abraço.

- Vem cá! - Falamos juntas.

Ele faz como nós duas pedimos abraçando ambas ao mesmo tempo, ficamos um tempo assim até que optámos por ver um filme até o bolo ficar pronto. A chuva estava piorando,vou ter que recorrer a carona mesmo e eu espero que o Park não tenha mudado de idéia sobre isso. Fomos para sala colocando qualquer coisa na tv enquanto ficamos jogados no sofá, decidimos ver uma comédia romântica - ideia exclusiva do Jonnie.

( ... )

Escuto o forno apitar na cozinha indicando que minha obra de arte estava pronta, espero que esteja comestível. Não malhei meus bracinhos com essa massa maldita atoa não. Tiro a perna do Namjoon de cima da minha, já que ele estava praticamente deitado por cima de mim no sofá e me levanto. Rise sua sortuda, se não fosse pela gravidez eu estaria confortável na poltrona. Ponho a mão na frente da boca e seguro o riso, tanto minha irmã quanto o Namjoon estavam em posições estranhas enquanto dormiam, mais um pouco para direita e o garoto fica de ponta cabeça.

Coloco as luvas e pego um garfo, abri o forno e furei a parte de cima com o garfo para checar se estava assado. Sucesso, estava sim. Desligo o forno e pego a forma usando as luvas para não me queimar, acabo deixando-o descansando em cima do balcão. Vou esperar tempo suficiente para que ele fique morno, pois se ainda estiver quente, a massa pode acabar se esfarelando ou quebrando no processo. Já, se estiver completamente frio, é mais difícil de soltar na hora de tirá-lo do tabuleiro. Abro a geladeira tirando o recheio e a decoração. Assim que tenho certeza de que a temperatura está ideal retiro o bolo do tabuleiro, coloco ele num prato e já vou dividindo ele em três partes.

Assim vou montando ele, deixando três camadas de bolo e duas de recheio. Por fim decorei com chantilly caseiro e ponho uns morangos por cima arrumando a parte externa, por falar em morangos. Os acontecimentos de mais cedo ainda rondam minha cabeça. Balanço minha cabeça parte aos lados tentando me esquecer disso, tenho mais o que fazer agora.

Volto para a cozinha e me abaixo do lado da minha irmã.

- Rise? Rise? Carcereira de gaiola? Meio metro? Tampinha de garrafa? - Balancei ela delicadamente, quer dizer, eu pelo menos tentei fazer isso. - Acorda sua alpinista de calçada! Bujãozinho de gás, sua...

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞 𝐋𝐨𝐯𝐞 • sᴇɴᴅᴏ ʀᴇᴇsᴄʀɪᴛᴀ.Onde histórias criam vida. Descubra agora