Capítulo: 11 ✔

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Kurenai

Acordei com a luz do sol praticante dando um soco no meio da minha bela cara, poxa sol seja mais delicado. Estico o corpo soltando o bocejo demorado, tenho que ver as horas rápido. Por impulso olhei para frente a fim de achar um relógio na parede, mas depois me toquei que eu me mudei de casa e o relógio ainda está na minha casa antiga. Vou ter que usar o celular mesmo. Me viro na intenção de pegar o aparelho em cima da mesinha, porém acabei caindo da cama com tudo no chão. Eu odeio dormir na beirada.

- Puta merda viu. - Encaro o teto do quarto sentindo minhas costas doerem pelo impacto, estou sendo humilhada pelo universo logo cedo. Até onde eu sei, isso é um sinal para ficar o resto do dia dormindo. Me sento no chão mesmo e pego o celular, tombei a cabeça para trás deitando ela na cama e ligo o aparelho na minha mão. - Misericórdia...

Já são uma e meia da tarde. Eu devia ter dormido de noite, se não fosse por isso poderia ter acordado de manhã cedo como sempre e depois aproveitar meu dia ao máximo.

Joguei o celular para trás na cama e me apoiei em tudo quanto é canto para me levantar, depois fui para meu closet. Peguei uma muda de roupas, fui para o banheiro - tomando um banho gelado e me arrumando. Calço um par de chinelos mesmo e saio do quarto, só agora me deparando com uma arte contemporânea na parede do corredor. Eram um monte de espelhos de diferentes tamanhos e formas quebrados, que formavam uma flor de lótus. Aproveito para tirar uma fotinha da minha roupa, faz tempo que não tiro alguma. Estou com uma blusa branca com a estampa dos Backstreet Boys, lê-se: homens que moldaram minha adolescência. O resto do look não é importante, motivo? A blusinha é o destaque.

- Como eu posso ser tão linda ? - Falo sozinha me olhando no espelho enquanto fazia poses estranhas. Quando me sinto satisfeita guardo o celular no bolso de trás, virei o corredor e saí andando pelo corredor maior. Desço as escadas me sentindo uma musa de um filme adolescente, daqueles que a mocinha aparece no topo da escada de um baile com um vestido de princesa. Daí todo mundo fica chocado e ela vira princesa do baile, pega o crush e vive feliz para sempre. Imaginação fértil deve ser o meu melhor defeito.

Paro na cozinha sentindo um cheiro fodidamente maravilhoso, será que eu fui teletransportada para a cozinha da Ana Maria Braga? Me sento em um dos banquinhos e apoio os braços no balcão percebendo alguém de costas para mim enquanto mexia no fogão, os ombros dele parecia uma rodoviária de tão largos. Estiquei meu pescoço a fim de ver o rosto do bendito, mas quando eu estava pronta para ver o cara virava na direção contrária. Isso me irritou, muito mais do que o normal.

- Bom dia. - Finalmente falei algo fazendo ele se virar com uma sobrancelha arqueada e um sorrisinho lindo, senhor o clima ficou quente ou é só meu fogo no rabo?

- Boa tarde, né?! Já são quase duas horas. - Me refutou dando uma risada nasal.

- Ainda é dia, então estou certa de qualquer maneira. - Dou de ombros retribuindo o sorriso. Seus olhos castanhos foram até o relógio de ponteiros na parede em cima da geladeira, depois voltaram para mim com um ar de que estava mais certo do que eu. - Digamos que eu não seja muito boa com horários...

- Então somos dois senhorita, você deve ser a Kurenai certo? - Apenas concordo com a sua afirmação, pareço estar na pré-escola respondendo um professor depois de aprontar. - Sou o Kim Seokjin, muito prazer! Me chame do que achar melhor, lembrando que não aceito nada menos que deus grego ou reencarnação de Afrodite.

- Ah, é mesmo? Parece que achei um inimigo que chegue pelo menos aos meus pés. - Apoio meus cotovelos no balcão enquanto entro na sua brincadeira. Acho que dois narcisistas podem se dar super bem. - Pode me chamar apenas de Nay ou qualquer coisa que me faça brilhar mais que o sol.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞 𝐋𝐨𝐯𝐞 • sᴇɴᴅᴏ ʀᴇᴇsᴄʀɪᴛᴀ.Onde histórias criam vida. Descubra agora