𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞 𝐋𝐨𝐯𝐞 • sᴇɴᴅᴏ ʀᴇᴇsᴄʀɪᴛᴀ.

Capítulo: 12 ✔

Kurenai

Observei as gotas de chuva caírem pesadas contra a janela fechada, o céu estava cinza e a temperatura tinha caído anunciando o clima chuvoso. Pensei que hoje faria sol, mas ao que parece estou redondamente enganada.

Ontem eu assinei meu contrato com a ajuda de Seokjin, mas diferente do que pensei, depois que Jimin foi checar os documentos me deu mais alguns para assinar. Fiquei tão cansada que depois de tanta papelada fui dormir acordando somente na hora do almoço, quando Jungkook bateu na porta do meu quarto para me chamar. Durante o jantar de ontem Taehyung me explicou mais sobre a empresa, sendo interrompido diversas vezes por Seokjin. O cozinheiro e os garotos parecem ser bem próximos. Na verdade, olhando da minha perspectiva eles parecem ser irmãos - com Jin sendo o mais velho deles. Menos que o trio fosse chefe dele, o garoto não tinha medo de falar o que pensa e até repreendia os mais novos como um verdadeiro tutor.

Hoje eu e Jimin ficamos em casa sozinhos de novo, já os outros dois foram trabalhar na empresa. Park está trancado no escritório desde cedo, deve estar atolado com o trabalho. Contando com hoje eu ainda tenho três dias de folga antes de começar meu trabalho,então vou aproveitar para organizar minhas ideias. Tenho que passar em casa - na antiga - para buscar umas coisas, quem sabe até passar o dia por lá botando o papo em dia com minha irmã e o Jonnie. Tomo um gole do meu chá e busco meu celular com os olhos pela mesa, estava vibrando e a foto de Rise estampava a tela. Antes que eu pudesse atender ela desligou, então peguei o objeto desbloqueando a tela e depois entrando no app de mensagens. Tinham várias chamadas perdidas e várias mensagens, não só dela como do Namjoon também.

"Vem aqui agora, preciso de ajuda!"

"Cadê você Nay?"

"Tá dormindo?"

Mandei mensagem avisando que estava a caminho. Fazia tempo que não chovia e eu deveria estar com tanta coisa na cabeça que acabei perdendo a noção do tempo, literalmente, tipo, nem sei quanto tempo fiquei olhando para chuva lá fora.

- No que tanto pensa?

Park entrou na cozinha se alongando para aliviar as costas, papelada realmente não é tão fácil de se resolver quanto parece. Puxou as mangas de seu suéter verde até os cotovelos e foi para trás do balcão, abriu a geladeira e mordeu o lábio pensando no que fazer de lanche para comer. Antes de responder virei o restinho do meu chá, me levantei e falei:

- Na minha irmã. Vou passar lá hoje, ela parece bem... Como posso dizer... Talvez, preocupada? Não sei ao certo, recebi um monte de ligações e mensagens. - Entrei na cozinha indo lavar a xícara que usei. No processo tive que desviar de Park para que ele não acabasse derrubando algumas frutas no chão, isso quase ocasionou em um tombo da minha parte. - Oush, essa foi quase!

- Você está bem? - Me olhou preocupado e eu concordei com um sinal de mão. - Certeza? Pensei ter te machucado.

- Nah, eu estou bem. - Disse já lavando a caneca.

- Quer carona? Sabe, para casa da sua irmã? - Voltou ao assunto, estava ignorando o nosso quase desastre de segundos atrás. - A chuva está forte.

- Não precisa.

- Por que não? - Agarrou uma tábua de madeira e puxou uma faca afiada do negócio da parede. Girou o corpo vindo para o meu lado e lavou as mãos, se preparando para cozinhar.

- Vou passar num monte de lugares no caminho. Fora que você deve estar ocupado, não quero dar trabalho. - Deixei a xícara no escorredor e fui para o lado oposto ao dele, na parte da frente do balcão. Aproveitando que estava distraído agarrei um morango e o mordi, isso chamou a atenção dele na hora.