XIV

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sina.

Era adorável o quanto ela estava nervosa. Foi quase como um filme, como nossas mãos se encontraram enquanto nós duas pegamos um nacho ao mesmo tempo.

Heyoon corou e puxou a mão de volta.

Até agora, nós estávamos sentadas em sua sala de estar comendo firmemente nachos e molhos e não conversamos.

Eu estava bem com o silêncio, mas ela ficava se mexendo e era uma distração. Ver Heyoon agitada era divertido.

— Seus pais sabem? — Eu perguntei e ela congelou. Seu rosto ficou branco.

Ok, acho que essa não foi a pergunta certa a fazer. Eu não podia falar nada. Eu não tinha falado ao meu pai ou ao Gabe e não tinha a intenção de fazer isso tão cedo.

— Ah, não. Nem eu sabia. Eu ainda não sei. Eu acho que preciso descobrir as coisas antes de dizer algo para eles. — Nós estávamos apenas comendo migalhas na tigela e eu continuei escolhendo as menores, deixando as maiores para ela.

— Isso provavelmente é inteligente. Você pode acordar amanhã e ser totalmente hétero. — Eu sorri para ela e ela ficou boquiaberta para mim em surpresa antes de me bater no ombro.

— Pirralha.

Dei de ombros.

— Só estou falando. Uma vez eu bati a cabeça um pouco forte demais no treino e naquela noite sonhei com paus. Tantos paus. Eu estava cercada por eles. Hmmmmm... — Isso realmente a chocou. Mas esse era meu objetivo.

Ela começou a rir e valeu a pena. Seu rosto se iluminou e era um outro nível de fofura para ela.

Eu estava com sérios problemas.

Nós ficamos no sofá e passamos pelos canais.

Nunca há séries suficientes com lésbicas.— disse.

— Não tem nenhuma? Eu nunca notei. — Ah, tão inocente. Eu continuava esquecendo que ela era tão nova nisso. Mas talvez eu pudesse educá-la. Isso seria divertido.

Potencialmente de várias maneiras.

— Você está diferente. — ela disse depois de alguns minutos de silêncio.

Ela não estava olhando para mim e tinha tirado os óculos para limpá-los na bainha de sua camiseta.

— O que você quer dizer? — Eu perguntei, mas eu sabia exatamente o que ela queria dizer. Eu não estava sendo uma vadia hedionda, era o que ela queria dizer.

— Bem, você não está sendo... hum… — Ela empurrou os óculos no nariz e acenou com as mãos como se estivesse procurando a palavra certa.

— Uma vadia? — Eu terminei. Seu rosto ficou um pouco vermelho.

— Eu não usaria necessariamente essa palavra.

Eu revirei os olhos. — Sim, você usaria. Você e todos os outros. Eu sei o que as pessoas dizem sobre mim, Heyoon. Isso não me incomoda. — Nem um pouco. Era muito melhor do que a alternativa.

— Não incomoda? — Eu balancei a cabeça. Eu esperava que fosse o fim do questionamento, mas não foi.

— Por que não?

— Porque eu não me importo com o que eles pensam. — Isso era uma mentira, mas ela não precisava saber.

Eu não tinha certeza do que era essa coisa entre nós, mas definitivamente não ia a lugar nenhum. Nós não íamos dar as mãos e sair andando para o pôr do sol lésbico.

STYLE - Heyna/SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora