XXXIII

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heyoon.

Eu estava tentando lhe dar algum espaço sobre a coisa da faculdade.

Eu realmente pensei que ela iria comigo se eu deixasse ela pensar nisso. Eu não queria dizer a ela que eu iria acabar em uma faculdade no estado, ou uma faculdade particular que me daria o melhor pacote de ajuda financeira. Ela não tinha tantas restrições. Seria totalmente diferente se ela tivesse uma faculdade dos sonhos que ela sempre quis ir e eu de alguma forma a mantivesse longe disso.

Ela sempre falou sobre a faculdade em termos gerais e eu sabia que ela não tinha uma preferência. Então, por que não podemos ir para uma juntas?
Nós poderíamos até dividir um quarto, o que seria ótimo. Então nós poderíamos até dar uns amassos na cama dela ou na minha, ou até mesmo juntar as duas camas.

Eu estava tentando não me precipitar, mas eu definitivamente não conseguia parar de pensar sobre isso.

Agora que tínhamos enfrentado todos os obstáculos (até agora) para ficarmos juntas, parecia tolo colocar mais obstáculos em nosso caminho que não precisavam estar lá.

Mas eu era paciente. Eu poderia esperar até ela ficar pronta. E enquanto eu esperava, nós poderíamos nos beijar bastante.

[...]

Eu também não parei de pensar sobre o que dissemos na noite da festa do celeiro. Sobre dar tudo uma a outra. Isso me manteve acordada quase todas as noites, na verdade. Eu pensei sobre todas as maneiras diferentes que isso poderia acontecer. Em um quarto de hotel, em uma das nossas casas, no banco de trás de um dos nossos carros. Eu queria que fosse especial (de uma maneira não brega), mas não havia uma maneira de fazer isso. A menos que eu mentisse para os meus pais, o que eu realmente não queria fazer.

Então eu estava sem ideias. Eu até procurei no Tumblr, mas isso não ajudou. Se apenas uma de nós tivesse um apartamento.

Houve algumas vezes nas duas semanas que ficamos muito próximas. Nós tiramos nossas camisas, mas não fomos além disso. Uma de nós sempre apertava os freios, ou éramos interrompidas por algum motivo.

— O que você acha que meus pais diriam se dissesse a eles que ia dormir na casa da Sina? — Perguntei a Hina quando estávamos passando um tempo juntas enquanto a Sina estava no trabalho.

— Eles provavelmente diriam não. Mas talvez não? Se você for madura sobre isso, quem sabe? — Isso era verdade. Ela me disse para ter cuidado, mas talvez...

A possibilidade de passar a noite com a Sina foi o suficiente para me dar coragem de perguntar.

— Mãe? — Ela estava no meio de fazer o jantar e papai ainda estava no trabalho.

— Sim, querida?

— O que você diria se eu pedisse para dormir na casa da Sina? — Ela congelou com uma cenoura e um descascador na mão.

Ela inalou pelo nariz e abaixou a cenoura e o descascador, se apoiando no balcão.

— Eu diria... Eu não sei. Eu sei que vocês têm dezoito anos e tecnicamente são adultas, mas não tenho certeza se estou pronta para aprovar... aquilo… também. — Ela finalmente olhou para mim.

— Eu imaginei. Mas eu queria fazer a coisa madura e perguntar. Eu nunca faria nada pelas suas costas. — Ela me deu um sorriso tenso.

— Vou pensar sobre isso. Ok? Eu prometo pensar sobre isso. — Isso foi bom o suficiente para mim. Não foi um não.

— Obrigada, mãe. — Eu lhe dei um abraço e perguntei se eu poderia ajudar.

[...]

Alguns dias depois, Sina e eu estávamos deitadas lado a lado na sua cama, apenas olhando uma para a outra. Eu nunca imaginei o quão bom isso poderia ser. Apenas deitar e respirar ao lado de outra pessoa.

STYLE - Heyna/SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora