XVI

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heyoon.

Eu não podia acreditar que eu tinha a chamado para ir para minha casa Novamente. Mas eu queria vê-la e essa era a melhor opção.

Eu não queria arriscar que, se saíssemos, veríamos alguém da escola ou os pais de alguém ou outra pessoa dessa maldita cidadezinha. A fofoca se espalhava mais rápido que um incêndio em um campo de grama seca. Todos conheciam os problemas de todos, não importando o quão pequenos ou insignificantes fossem.

Felizmente, Sina entendeu, o que tornou as coisas muito mais fáceis.

Se eu pudesse usar essa palavra nessa situação, o que não era nem um pouco fácil.

Eu ainda estava tentando aceitar o fato de que eu gostava dela e a queria. Por que agora? Por que ela?

— Seu rosto está todo vermelho, você está bem? — Hina perguntou enquanto nos dirigíamos para o campo para o jogo de futebol.

É claro que a maior parte da cidade estava aqui, porque, o que mais havia para se fazer em uma noite de sexta-feira no Maine? Sem ser ir até o poço de cascalho de alguém e ficar bêbado e atirar em algo com uma arma de chumbinho, o que provavelmente era o que as pessoas que não estavam aqui estavam fazendo nesse momento.

— Sim, estou bem, por quê? — Eu estava evitando Hina um pouco, alegando que eu estava estressada com os trabalhos da escola, mas isso não ia colar. Não com Hina Yoshihara.

Seus dedos se cavaram no meu braço e ela me fez parar de andar.

— Eu juro por Deus, se você não me disser o que está acontecendo agora, eu vou gritar que você não está usando calcinha para todo mundo ouvir. — Eu fiquei de boca aberta para ela, mas sabia que ela estava falando sério.

Merda.

Mordi o lábio e olhei para o campo onde as líderes de torcida estavam se aquecendo. É claro que Sina escolheu aquele momento para rir de algo que a Sabina havia falado, seu rosto se iluminando. Tão linda.

Eu abri minha boca.

— Aqui não. Eu não posso fazer isso aqui. — Então Hina e eu voltamos para o meu carro. As portas se fecharam e eu estava tendo dificuldade para respirar.

Hina estendeu o braço e pegou uma das minhas mãos.

— Antes de você falar alguma coisa, quero que saiba que você pode me contar literalmente qualquer coisa e ainda vou amar você. Mesmo que seja que você tenha matado alguém. Independentemente de qualquer coisa, ok? — Apertei a mão dela e forcei as palavras a saírem.

— Eu acho que sou lésbica. Não, eu sei que eu sou. — Meu corpo inteiro tremeu e senti que ia morrer. Hina começou a rir.

— Sim, e eu sou Japonesa. Qual é a novidade?

Eu a ouvi direito?

— O que? — Disse e ela parou de rir.

— Ah, Heyoon. Eu conheço você. Há quanto tempo somos melhores amigas? Eu conheço há muito tempo. Talvez desde sempre. Eu estava apenas esperando que você me contasse. — As palavras me abandonaram. Eu só continuei abrindo e fechando a boca. Hina se inclinou para frente e me puxou para um abraço.

— Não é uma surpresa e isso não me faz pensar em você de uma maneira diferente. Como poderia? Você é você e eu te amo. — Antes que eu percebesse, eu estava chorando em seu ombro e ela estava segurando meu corpo tremendo.

— Ah, Heyoon, eu sinto muito, isso deve ser tão assustador para você. Eu não posso nem imaginar, mas estou aqui para você. Para o que você precisar. — Aparentemente, eu escolhi bem minha melhor amiga. Ela passou a mão nas minhas costas e me deixou chorar.

STYLE - Heyna/SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora