VI

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heyoon.

Interessante. Muito interessante. Não que eu realmente me importasse com Sina, mas eu poderia jurar que ela teve um momento de humanidade. Eu não sabia que isso era possível.

Isso significava uma de duas coisas. Ou foi um acaso, ou foi um momento de fraqueza. Eu nunca considerei o fato de que ela fosse uma idiota total. A única questão era, se ser uma idiota não era seu modo padrão, então por que ela fazia isso?

Eu acho que eu poderia entender um pouco. Quer dizer, ela era a capitã do time de líderes de torcida e ela saía com o pessoal “popular” e aparentemente tinha tudo. Eu não ficaria surpresa se ela estivesse concorrendo para ser a rainha do baile. Se era falso, era óbvio que funcionava para ela.

Eu balancei a cabeça para mim mesma. Eu estava pensando muito sobre isso.

Ela definitivamente era uma pessoa horrível e continuaria a ser assim. Que pena, porque ela definitivamente era bonita. Tão bonita.

— Uggghh.— Hina gemeu no sábado.

Estávamos na casa dela, comendo pizza e fazendo maratona de Faking It. Eu não queria assistir, mas Hina queria, então eu cedi.

O que me fez não querer assistir foi o fato de que as duas personagens principais estavam fingindo ser um casal de lésbicas para se tornarem populares em sua escola liberal. Eu tive que desviar o olhar toda vez que elas se beijavam. Eu odiava o jeito que isso me fazia sentir.

Não era ruim.

Era bom.

Muito bom.

Que porcaria estava acontecendo comigo? Era como se eu tivesse ligado algum tipo de interruptor e agora tudo que eu conseguia fazer era notar as meninas de uma maneira que eu nunca tinha pensado em notá-las antes.

— Ei, esqueci de perguntar, como está indo a aula com Sina. — Disse Hina.

Eu não estava pensando na Sina até aquele momento, mas no instante em que Hina disse seu nome, eu não consegui tirá-la da minha cabeça.

Eu ri nervosamente. Ótimo.

— Ela ainda é a pior. — disse, e Hina estava preocupada com o programa e não viu o quão estranha eu estava sendo.

— Eu acho que ela é uma daquelas garotas que sempre será terrível, mas coisas boas continuarão a acontecer para ela. Tipo, ela é abençoada ou algo assim. — disse Hina. Ela era abençoada, como era.

UGH. Eu precisava parar de ter esses pensamentos. Mas como você impede seu cérebro de pensar? Além de causando danos permanentes.

— Sim. — disse, e levantei para me alongar.

Hina olhou para mim de sua posição no chão.

— Tem certeza de que está bem? — Perguntou ela.

— Sim. Só vou pegar outro refrigerante, — disse. — Você quer alguma coisa? — Ela balançou a cabeça e eu fui para a cozinha.

Sua casa estava quieta já que sua mãe estava no hospital onde trabalhava como médica e seu pai mal saía de seu consultório. Outra razão pela qual ficamos muito na casa de Hina era que a casa dela era cinco mil vezes melhor do que a minha. Também era cerca de três vezes maior.

Puxei uma Coca da geladeira e me inclinei na bancada de mármore da ilha da cozinha por um minuto. Quando eu era pequena, eu costumava ficar com medo de fazer uma bagunça em uma casa tão imaculada, mas agora eu estava mais confortável. Ainda não parece uma casa, mais como um set de filmagem, mas o quarto de Hina era uma bagunça confortável.

STYLE - Heyna/SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora