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☬Capítulo 13☬

Capítulo 13

Jeon

Corri o máximo que pude até o hospital. Quando Lisa me mandou aquela mensagem eu estava na esquina de sua casa. Estava ansioso para saber como iríamos ficar depois da noite mágica que ambos tiveram. Ontem pode ser considerada a melhor noite do ano. Pelo menos a minha melhor noite.

Entretanto estava com medo o que pode ter acontecido. Min é e sempre foi o meu melhor amigo, que me ajudou em tudo. Não suporto a ideia de saber que o mesmo esteve entre a vida e a morte. Chego ao hospital e encontro um Jimin em estado de pânico, um Hoseok cansado e uma Lalisa desesperada.

— O que aconteceu? Estão todos bem? - Pergunto e Lalisa vem correndo até meus braços. Seguro ela e aperto entre meu peito, como uma forma de acalmá-la. Mal ela sabe que esse abraço não está fazendo bem só para ela, mas para mim também.

Escuto Lalisa chorar baixinho perto do meu ouvido e decido não perguntar mais nada. Arrisco a deduzir que algo tenha acontecido com Chaeyoung, pois Jimin estava na nossa frente, salvo.

— Quer ir para o carro ficar sozinha? Sei que não gosta de chorar em público. - Comento com ela e a mesma assentiu. Ofereço a chave do carro e ela parte para o estacionamento. Garanto que ela deve chorar por um longo tempo agarrada com o volante. Eu a conheço e sei que é forte demais para admitir fraquezas humanas, mas estou disposto a mostra-la que ela pode ser fraca comigo, pode se deixar sentir humana.

— Cara, o que aconteceu? - Pergunto para Hoseok baixinho.

— Jimin, acho que deve vê-la enquanto compramos algo para comer, pode ser? - Pergunta Hoseok e Jimin concorda.

Ele então parte no corredor sem dizer mais uma palavra, completamente chocado. Jimin parecia ser outra pessoa, completamente diferente.

— Pode me explicar do começo? -

— Pelo o que Jimin conta, eles estavam voltando para o hotel quando o carro deu uma pane elétrica e os dois deram de cara com uma carreta. Jimin se salvou por conta do impacto ter sido pela direita, mas Chaeyoung... - Afirma Hoseok.

— Chaeyoung está internada então.

— E grávida. - Completa Hoseok.

— O que disse?

— O coitado sofre um acidente e ainda descobre que vai ser pai no mesmo dia. Acho que Jimin está um caco por dentro. -Comenta o Jung.

— Meu Deus... - Murmuro.

Passado algum tempo, Hoseok me falou todo o acontecido e começo a pensar no que poderia ter acontecido para que tenha acontecido tudo isso. Recordo-me de escutar Jimin dizendo que levaria o carro até o mecânico para que eles pudessem viajar sem problema nenhum. Então não teria motivos para isso acontecer, teria?

Lalisa chega novamente como outra pessoa. Seus olhos estavam inchados, mas nada que se desse para perceber. Ela chega e me devolve as chaves de Lady com um sorriso.

— Obrigada - Sussurra a mesma.

— De nada.

— Bom, eu vou comprar algo para comer, querem algo também? - Pergunta Hoseok.

— Não estou com fome, obrigada.

— Também estou satisfeito cara, obrigado. - Hoseok então sai nos deixando sozinhos.

— Desculpa não te dar a atenção necessária, mas com tudo isso nem tive tempo para pensar em alguma coisa que não seja minha amiga. Eu não sei o que fazer Jung Kook. - Afirma a mesma completamente amedrontada.

— Shhhhhh. Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui. - Coloco sua cabeça em meu ombro como sinal de confortá-la.

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Já era de madrugada quando Jimin disse para irmos para casa. Eu sabia que terei que chegar atrasado ao expediente, mas liguei para Hobie avisar para todos sobre o ocorrido. Lisa insistia a ficar mais um pouco, mas Jimin também interviu.

— Lisa, vá para casa. Terei que ficar com ela até que seja encaminhada para o outro hospital. Garanto que não sairei do seu lado. Quer dizer, do lado dos dois. - Afirma ele.

— Mande notícias ok? Volto hoje de noite. Quer que eu busque algumas coisas dela? - Pergunta Lisa e Jimin concorda.

— Vou pedir para que sua ajudante lhe traga roupas também meu amigo, e outra, vai tomar um banho, depois nós conversamos mais. - Digo.

— Não saio do lado deles Kook, não agora.

— Mas ela precisa de um Park Jimin inteiro, por isso, trate de se cuidar. - Comento e ele concorda.

—Está certo. Obrigado, pessoal.

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Chegamos ao apartamento de Lisa há pouco tempo. Ela fazia a mala de Chaeyoung enquanto conversávamos. Ela não parava quieta, parecia uma máquina.

— Lisa, se acalma. - Insisto pela milésima vez.

— Jeon, você sabe que não consigo.

— Então não vai querer saber do que eu estou pensando sobre o acidente. - Comento como forma de aguçar sua curiosidade.

— E do que se trata?

— Acho que armaram para cima do Jimin. - Afirmo.

— Mas como?

Explico para ela todos os meus pensamentos. Sobre o fato de o Jimin ter levado o carro por concerto dias antes, sobre como seria impossível se isso acontecer de forma ocasional. Ela parece estar me escutando com atenção, como se estivesse entendendo minha linha de pensamento.

— Você está certo, provavelmente sua teoria está correta. Mas como iremos provar isso?

— Irei colocar o detetive da família. Não se preocupe. - Afirmo.

— Nem sei como irei dormir essa noite pensando na Chaeyoung e no bebê que por incrível que pareça não sofreu nada.

— Eu vou dormir aqui, não se preocupe. - Comento.

— N-não precisa Jeon, você também está cansado, vá para casa.

— Eu estou começando a achar que é você que não me quer aqui. - Indago e ela fica um pouco corada.

— N-não é isso, eu não falei isso. - Diz ela.

— Então eu durmo aqui, fim de papo.

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Fazia um tempo que Lisa foi para cama e estou aqui no sofá. Estou quase pegando no sono, pois fica muito fácil dormir sabendo que se ela precisasse de algo, eu estaria aqui.

Depois do ocorrido na noite da minha posse, uma certeza se acumula na minha cabeça há um tempo: Eu AMO essa mulher com todas as minhas forças, e sofro com a ideia de vê-la passando por alguma coisa.

Quando estava prestes a pegar no sono, sinto alguém entrar por debaixo das minhas cobertas com o corpo frio e me abraçando bem forte, como uma criança com medo. Eu sabia que ela estava com medo, mas sei que a mesma não gosta de admitir isso.

Pego a em meus braços, trazendo- a até meu peito, confortando-a. Ela era meu bem mais precioso, que nada ou ninguém poderia comprar. Você deve estar achando que me apaixonei muito rápido, mas meus caros, qualquer um que estivesse no meu lugar também se encontraria nesta situação.

— Não quero dormir sozinha Jung, estou com medo. - Declara ela.

— Não se preocupe, eu vou te proteger desses pesadelos, Girassol.